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Democratas detalham acusação de abuso de poder em processo contra Trump

Democratas alegam que Trump pediu para a Ucrânia interferir nas eleições americanas para ser favorecido na corrida eleitoral

Impeachment: este é o segundo dia em que os democratas apresentam as acusações contra Trump no julgamento no Senado (Kevin Dietsch/Bloomberg)

Impeachment: este é o segundo dia em que os democratas apresentam as acusações contra Trump no julgamento no Senado (Kevin Dietsch/Bloomberg)

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EFE

Publicado em 23 de janeiro de 2020 às 17h24.

Washington — Os congressistas democratas escolhidos para serem os "promotores" durante o julgamento do impeachment do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, começaram nesta quinta-feira a expor os argumentos que baseiam a acusação de abuso de poder pelas pressões que teriam sido exercidas por ele sobre a Ucrânia para que o país investigasse o ex-vice-presidente democrata Joe Biden.

"O presidente é acusado de abuso de poder por solicitar a uma nação estrangeira que interferisse em nossas eleições por seus próprios interesses", disse um dos "promotores" do caso, Jerrold Nadler, presidente do Comitê de Justiça da Câmara dos Representantes dos EUA.

O caso começou depois de uma denúncia de um agente dos serviços de inteligência americanos sobre uma ligação entre Trump e o presidente da Ucrânia, Vladimir Zelenski. Na conversa, ele pede ao colega que investigue Biden, um possível adversário nas eleições de novembro, e Hunter Biden, filho do ex-vice-presidente, por corrupção.

Nadler disse considerar que Trump foi "ainda mais longe" ao congelar os repasses de ajuda militar à Ucrânia e a condicionar uma reunião com Zelenski na Casa Branca ao pedido de investigar a família Biden.

Para o congressista democrata, esta é a primeira vez na história dos EUA que um presidente pediu ajuda a um país estrangeiro para ajudá-lo a "trapacear" nas eleições.

"As provas mostram que o presidente colocou seus interesses políticos pessoais na frente. Isso não é conduta de quem diz 'America First' (EUA em primeiro lugar), mas sim de 'Donald Trump First'", afirmou.

Antes da participação de Nadler, o chefe da equipe de "promotores", Adam Schiff, presidente do Comitê de Inteligência da Câmara dos Representantes, lembrou aos colegas que eles têm 16 horas e 42 minutos para apresentar o caso contra o presidente Trump.

Na sequência, os advogados do presidente o defenderão das acusações por um período igual de 24 horas, divido em várias sessões.

Depois de expor a cronologia dos fatos, os congressistas democratas começaram hoje a detalhar a acusação de abuso de poder. Amanhã, eles devem partir para explicar melhor os argumentos que basearam a denúncia de Trump por obstrução ao Congresso.

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