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Democratas bloqueiam nova resolução contra acordo com Irã

Republicanos foram outra vez incapazes hoje de conseguir os 60 apoios necessários para forçar uma votação final da resolução no Senado


	Republicanos consideram que o acordo, uma prioridade na política externa para o presidente dos EUA, Barack Obama, é "um pacto ruim"
 (REUTERS/Gary Cameron)

Republicanos consideram que o acordo, uma prioridade na política externa para o presidente dos EUA, Barack Obama, é "um pacto ruim" (REUTERS/Gary Cameron)

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Da Redação

Publicado em 17 de setembro de 2015 às 16h05.

Washington - Os democratas do Senado dos Estados Unidos bloquearam nesta quinta-feira uma nova resolução republicana contra o acordo nuclear com o Irã, a apenas algumas horas de vencer o prazo dado ao Congresso para revisar e votar o acordo.

Após duas tentativas anteriores fracassadas, os republicanos foram outra vez incapazes hoje de conseguir os 60 apoios necessários para forçar uma votação final da resolução no Senado.

Somente um senador democrata, Joe Manchin, se uniu aos republicanos para tentar levar adiante a resolução contra o acordo alcançado em julho pelo G51 (EUA, Reino Unido, Rússia, China e França mais a Alemanha) com o Irã.

A oposição republicana considera que o acordo, uma prioridade na política externa para o presidente dos EUA, Barack Obama, é "um pacto ruim", que não evitará que os iranianos consigam os meios necessários para fabricar uma bomba atômica.

A resolução de hoj, proposta pelo líder republicano no Senado, Mitch McConnell, pretendia condicionar o fim das sanções contra o Irã a esse país reconhecer o direito de Israel a existir e à libertação de vários americanos detidos em seu território.

Inclusive os outros senadores democratas que expressaram sua rejeição ao acordo iraniano, Ben Cardin, Robert Menéndez e Charles Schumer, votaram hoje contra essa resolução pela referência a Israel.

Menéndez disse que rejeitou a resolução porque não quer dar a impressão de que apoiaria o acordo se o Irã reconhecesse o direito de Israel a existir e libertasse os americanos detidos.

Já o líder da minoria democrata no Senado, Harry Reid, qualificou o procedimento de hoje de perda de tempo e lembrou que há assuntos urgentes que debater no Congresso, como a aprovação do orçamento para o novo ano fiscal antes de 1º de outubro se quiser evitar outra paralisação parcial do governo, como aconteceu em 2013.

Com muito poucas horas de margem para realizar uma nova votação - até a meia-noite, está quase garantido que o acordo com o Irã vai superar a revisão do Congresso americano, o que representará uma importante vitória de Obama.

Em termos práticos, o fato de o Congresso não ter conseguido bloquear o acordo permitirá que as sanções contra o Irã comecem a ser levantadas a partir do ano. 

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