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Democrata pode se tornar a primeira muçulmana no Congresso dos EUA

Rashida Tlaib, filha de imigrantes palestinos, venceu as eleições primárias no estado de Michigan e disputará as eleições gerais de novembro

Tlaib é uma dos mais de 90 muçulmanos americanos que se postulam neste ciclo eleitoral a cargos públicos. (Site rashida for congress/Reprodução)

Tlaib é uma dos mais de 90 muçulmanos americanos que se postulam neste ciclo eleitoral a cargos públicos. (Site rashida for congress/Reprodução)

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EFE

Publicado em 8 de agosto de 2018 às 14h59.

Última atualização em 8 de agosto de 2018 às 15h18.

Washington - Rashida Tlaib, uma das aspirantes democratas para representar o 13° distrito de Michigan, venceu as primárias de seu estado, o que possivelmente a transformará na primeira mulher muçulmana a chegar ao Congresso dos Estados Unidos.

Tlaib, que venceu entre um grande grupo de democratas, não terá um opositor republicano nas eleições gerais de novembro, embora seja possível algum candidato independente se apresentar, que de qualquer forma teria que vencer em um território eminentemente progressista.

"Muito obrigado por fazer possível este momento incrível. Estou sem palavras. Não posso esperar para os representar no Congresso", disse hoje Tlaib em sua conta do Twitter após a confirmação da vitória.

A cadeira ao qual Tlaib aspira no Legislativo americano tinha sido ocupada durante anos pelo ex-congressista John Conyers, antes de apresentar sua renúncia em dezembro em meio às acusações feitas contra si por assédio sexual.

Tlaib, filha de imigrantes palestinos, é uma dos mais de 90 muçulmanos americanos que se postulam neste ciclo eleitoral a cargos públicos.

A candidata conquistou a vitória entre um grande número de aspirantes democratas, a maioria alinhada com o "establishment", mas ela representa a ala progressista do partido, similar à figura da latina Alexandria Ocasio-Cortez, que venceu de forma surpreendente nas primárias de Nova York a um democrata consolidado.

Michigan é um dos estados com maior população muçulmana do país, e dos quais contam com mais candidatos que professam essa fé, enquanto os Estados Unidos experimentam um dos momentos com maior sentimento anti-islâmico.

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