Norte-americanos buscam emprego: contratações após cortes não são suficientes (Spencer Platt/AFP)
Da Redação
Publicado em 6 de julho de 2011 às 14h38.
Nova York - As empresas americanas anunciaram em junho 41.432 demissões, 11,6% mais que no mês anterior, mas o ritmo de redução de elenco na primeira metade deste ano foi o mais lento em 11 anos, informou nesta quarta-feira a empresa de consultoria Challenger, Gray & Christmas.
Os empresários dos Estados Unidos anunciaram 245.806 demissões nos seis primeiros meses deste ano, 17,4% menos que os 297.677 da primeira metade de 2010, o que representa o maior desde 2000, quando notificaram cortes de 223.421 postos de trabalho entre janeiro e junho.
Somente em junho foram anunciadas mais demissões do que em maio, segundo aumento consecutivo, depois da queda em abril ao ponto mais baixo em quatro meses, ao colocar-se em 36.490.
Entre abril e junho deste ano, as empresas americanas informaram sobre o corte de 115.057 postos de trabalho, 12% menos que no primeiro trimestre e 1,2% abaixo dos anunciados durante o mesmo período do ano anterior.
"O panorama do desemprego continua nublado. O contínuo arrefecimento nos cortes de elenco é realmente promissor. No entanto, a contratação vem por sequências e não é suficientemente robusta para provocar uma significativa redução no desemprego", disse o executivo-chefe da empresa de consultoria, John Challenger.
A Administração dos EUA foi a principal fonte de demissões na primeira metade de 2011, já que neste ano anunciou 77.591 cortes (10.176 somente em junho). De qualquer maneira, o número nestes primeiros seis meses é 22% inferior ao registrado durante o mesmo período do ano anterior.
O setor no varejo também caiu no número de demissões anunciados nestes seis meses (23.027, 12% menos que na primeira metade de 2010), embora o relatório indique que a redução nestes dois setores não compensa o aumento nos cortes de elenco no resto de setores nos EUA.
Entre eles destaque para o programa aeroespacial e de defesa, que experimentou aumento de 241% neste ano, até 20.851, seguido pelo financeiro, onde o número de demissões anunciadas aumentou 18,5%, a 11.734 neste ano.