O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab: destino seria o PMDB ou o PSB (João Valério/CONTIGO)
Da Redação
Publicado em 11 de fevereiro de 2011 às 12h43.
O DEM aceita abrir espaço na cúpula do partido para aliados do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, caso ele decida manter sua filiação. Apesar da sinalização, que tem sido feita também a outros dirigentes do grupo minoritário da legenda que defende mudanças no comando do DEM, a direção do partido duvida que Kassab aceite um acordo e continua apostando na sua saída. Ele deve deixar o DEM em março, após encontro nacional da sigla, rumo ao PSB ou ao PMDB.
Mesmo sem o prefeito, a ideia do comando do DEM é fazer gestos de conciliação com seus adversários. Na próxima segunda, o líder do Senado, José Agripino Maia (RN), candidato do grupo à presidência do partido, almoçará em São Paulo com os ex-senadores Marco Maciel (PE) e Jorge Bornhausen (SC), representantes da oposição, com a mesma oferta de acordo e pacificação. Se houver consenso, os dois grupos apoiariam a eleição de Agripino para a sucessão do atual presidente Rodrigo Maia (RJ). “Mais importante que qualquer integrante do Democratas é a unidade do partido. É em torno desse projeto consensual que estamos conversando e trabalhando”, afirmou Agripino.
Ontem, o líder do DEM na Câmara, deputado Antonio Carlos Magalhães Neto (BA), almoçou em Brasília com Kassab para saber da sua disposição de se desfiliar ou não. ACM Neto disse ao prefeito que a atual direção gostaria muito que ele permanecesse e perguntou se ele estava disposto a isso. Kassab não deu garantias de continuar, já que pretende disputar o governo de São Paulo em 2014 e o DEM, provavelmente, estará alinhado com seu adversário em potencial, o atual governador Geraldo Alckmin (PSDB). Mas avisou que pretende esperar o desfecho do processo de sucessão interna do DEM antes de se movimentar.
Vaga
O ex-governador de São Paulo Alberto Goldman (PSDB) está de emprego novo. Ele foi nomeado por Kassab para integrar o Conselho de Administração da São Paulo Urbanismo (SP-Urbanismo), empresa ligada à Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano. Goldman deixou o Palácio dos Bandeirantes no dia 31 de dezembro após ter assumido o cargo com a desincompatibilização de José Serra. Ele é mais um “serrista” amparado pelo prefeito. O ex-secretário da Fazenda de Goldman, Mauro Ricardo Costa, também está na prefeitura da capital paulista. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.