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Delegados se reúnem em Brasília contra o trabalho infantil

Na quarta-feira, à margem da continuação da discussão, a OIT também organizará uma sessão de perguntas e respostas através do Twitter


	Trabalho infantil: encontro será inaugurado por Dilma e o diretor-geral da OIT, Guy Ryder, e o primeiro dia será dedicado ao trabalho infantil na agricultura
 (Arquivo ABr)

Trabalho infantil: encontro será inaugurado por Dilma e o diretor-geral da OIT, Guy Ryder, e o primeiro dia será dedicado ao trabalho infantil na agricultura (Arquivo ABr)

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Da Redação

Publicado em 7 de outubro de 2013 às 17h25.

Brasília - As delegações de cerca de 140 países participação a partir de terça-feira da III Conferência Global sobre Trabalho Infantil, que durante três dias debaterá em Brasília como erradicar do planeta o que a ONU classifica "de violenta exploração" das crianças.

A conferência foi organizada pelo Governo do Brasil e a Organização Internacional do Trabalho (OIT), junto com outras agências das Nações Unidas e entidades dedicadas à defesa dos direitos humanos e aos direitos da infância particular.

O encontro será inaugurado pela presidente Dilma Rousseff e o diretor-geral da OIT, Guy Ryder, e o primeiro dia será dedicado ao trabalho infantil na agricultura, setor que aglutina quase 60% das crianças trabalhadoras no mundo.

Segundo o último relatório da OIT sobre este assunto divulgado em setembro, os números no trabalho infantil foram reduzidos em 1/3 entre 2000 e 2012, mas ainda 168 milhões de menores em todo o planeta são obrigados a trabalhar.

Isso representa 11% da população mundial infantil, que na metade dos casos desempenha tarefas perigosas, que põem em risco a saúde, segurança e moralidade, de acordo com a OIT.

O relatório indicou que as crianças de 5 a 11 anos representam 44% dos menores trabalhadores e são o coletivo "mais vulnerável aos abusos e cuja educação corre mais perigo".

A região Ásia-Pacífico continua sendo o lugar do planeta onde as crianças são mais exploradas, concentrando 78 milhões menores trabalhadores.


Na América Latina, a OIT constatou que há 12,5 milhões de crianças que trabalham, sobretudo no setor da agricultura, que centrará os primeiros debates da conferência.

Na quarta-feira, à margem da continuação da discussão, a OIT também organizará uma sessão de perguntas e respostas através do Twitter, na qual especialistas desse organismo dialogarão com quem mostre interesse no assunto.

As perguntas deverão ser enviadas ao endereço @ILONews no Twitter com a hashtag #NOchildlabour, poderão ser feitas em inglês, francês ou espanhol, e serão respondidas no idioma correspondente.

Na quinta-feira, antes do encerramento do evento, haverá uma sessão plenária na qual discursarão ministros e autoridades de diversos Governos, após a qual será divulgada a Carta de Brasília, um documento que recolherá as conclusões dos três dias de debates.

No marco da conferência, todas as agências do sistema das Nações Unidas anunciarão a criação de um grupo especial contra o trabalho infantil, que contará com fundos próprios para promover iniciativas globais que contribuam para sua erradicação.

Segundo um comunicado divulgado pela ONU, com esse fundo poderão colaborar pessoas físicas e jurídicas, Governos e organismos de cooperação internacional, entre os quais espera-se arrecadar neste mesmo ano um mínimo de US$ 20 milhões.

A ONU explicou que a primeira meta desse grupo de trabalho será erradicar "as piores formas de trabalho infantil", entre as quais estão inclusas a escravidão, a servidão, o trabalho forçado e a exploração sexual. 

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