Presidente do Sudão do Sul Salva Kiir: organizações advertiram que a situação dos civis está piorando com os combates iniciados há três semanas (AFP)
Da Redação
Publicado em 2 de janeiro de 2014 às 09h31.
Adis Adeba - As delegações beligerantes de duas alas políticas do Sudão do Sul estavam reunidas na Etiópia para iniciar as conversações de paz, que podem acabar com um conflito que provocou milhares de mortes.
Enquanto as delegações do governo e dos rebeldes se reuniam em um hotel de Adis Abeba, organizações humanitárias advertiram que a situação dos civis está piorando com os combates iniciados há três semanas.
A comunidade internacional teme que milhares de pessoas tenham falecido nos combates entre unidades militares leais ao presidente Salva Kiir e uma imprecisa aliança étnica de milicianos e comandantes militares rebeldes liderados pelo ex-vice-presidente Riek Machar.
Os confrontos começaram em 15 de dezembro, quando Kiir acusou Machar de tentar dar um golpe de Estado.
Machar negou e acusou o presidente de organizar um expurgo dos adversários. Os combates atingiram todo o país, enquanto os insurgentes assumiam o poder de várias áreas do norte do país, rico em petróleo.
O envio de delegações para as conversações iniciais de um cessar-fogo foi considerado algo positivo.
Na terça-feira, os rebeldes reconquistaram a cidade de Bor, capital do estado de Jonglei, a apenas 200 km ao norte de Juba, a capital do país.
Quase 200.000 civis foram obrigados a abandonar suas casas e muitos pediram refúgio aos comandantes da força de manutenção da paz da ONU.
O Sudão do Sul conquistou a independência do Sudão em 2011, após décadas de guerra civil.