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Delegação palestina se retira de negociações, diz Abbas

Negociadores de paz renunciaram devido à falta de progresso nas conversas sobre a criação do Estado


	Mahmud Abbas: "na verdade, as negociações pararam na semana passada à luz dos anúncios de assentamentos na semana passada"
 (Mandel Ngan/AFP)

Mahmud Abbas: "na verdade, as negociações pararam na semana passada à luz dos anúncios de assentamentos na semana passada" (Mandel Ngan/AFP)

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Da Redação

Publicado em 13 de novembro de 2013 às 11h15.

Ramallah - O presidente palestino, Mahmoud Abbas, disse nesta quarta-feira que os negociadores de paz renunciaram devido à falta de progresso nas conversas, apoiadas pelos EUA, sobre a criação do Estado, obscurecidas pela construção de assentamentos de Israel.

O episódio marca um novo fracasso nas negociações com Israel, retomadas em julho e nas quais autoridades de ambos os lados disseram ter obtido pouco avanço.

Em uma entrevista com a TV egípcia CBC, Abbas sugeriu que as negociações continuariam mesmo caso a delegação palestina se mantenha firme em sua decisão.

"Ou convencemos a delegação a retornar, e nós estamos tentando, ou formamos uma nova delegação", disse ele.

Não ficou claro na entrevista de Abbas se os negociadores já se retiraram, mas ele disse precisar de cerca de uma semana para retomar as negociações.

Em um comunicado à Reuters TV nesta quarta-feira, o negociador chefe palestino, Saeb Erekat, não deu detalhes sobre os relatos de sua renúncia, mas disse que as sessões com Israel foram interrompidas.

"Na verdade, as negociações pararam na semana passada à luz dos anúncios de assentamentos na semana passada", disse ele.

Desde que as negociações recomeçaram após um intervalo de três anos, Israel anunciou planos para milhares de novas casas em assentamentos na Cisjordânia e no leste de Jerusalém.

Os palestinos buscam estabelecer um Estado na Cisjordânia e Faixa de Gaza, uma área hoje controlada pelo Hamas, que se opões às medidas de paz de Abbas. Eles temem que os assentamentos impeçam a obtenção de um território nacional viável.

Israel alega ligações históricas e bíblicas com a Cisjordânia e Jerusalém ocidental, onde mais de 500 mil israelenses vivem ao lado de 2,5 milhões de palestinos.

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