Mundo

Déficit comercial sobe 19% em junho nos EUA

Washington - O déficit comercial dos Estados Unidos subiu 19% em junho, para US$ 49,90 bilhões, marcando uma máxima recorde em 21 meses, segundo informou hoje o Departamento de Comércio. O déficit em maio foi revisado para US$ 41,98 bilhões. Originalmente, o déficit de maio havia sido calculado em US$ 42,27 bilhões. O resultado de […]

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h46.

Washington - O déficit comercial dos Estados Unidos subiu 19% em junho, para US$ 49,90 bilhões, marcando uma máxima recorde em 21 meses, segundo informou hoje o Departamento de Comércio. O déficit em maio foi revisado para US$ 41,98 bilhões. Originalmente, o déficit de maio havia sido calculado em US$ 42,27 bilhões. O resultado de junho foi maior que a média das previsões dos economistas, que esperavam um déficit de US$ 42,7 bilhões.

As exportações dos EUA caíram 1,3% em junho, para US$ 150,45 bilhões, ante os US$ 152,44 bilhões de maio. Já as importações aumentaram 3,1%, para US$ 200,35 bilhões, ante os US$ 194,42 bilhões do mês anterior. O déficit real (descontada a inflação), que os economistas usam para medir o impacto do comércio exterior no Produto Interno Bruto (PIB), subiu para US$ 54,14 bilhões em junho, ante US$ 45,99 bilhões em maio.

As importações de produtos de consumo avançaram 7,8%, conduzidas pelas compras de produtos farmacêuticos e de limpeza. Já as importações de automóveis subiram 6,6%, enquanto as de bens de capital aumentaram 1,2%. Em valor, as importações de petróleo subiram para US$ 22,60 bilhões em junho, de US$ 21,54 bilhões em maio. O preço médio do barril caiu cerca de 6% (ou US$ 4,49), para US$ 72,44. Em volume, a importação de petróleo cresceu em 32 milhões de barris, para 311,93 milhões de barris.

Os EUA pagaram US$ 28,02 bilhões por todos os tipos de produtos ligados ao setor de energia em junho, ante US$ 27,60 bilhões em maio. As importações de produtos de consumo fabricados no exterior, como itens farmacêuticos, brinquedos e roupas subiram em US$ 3,1 bilhões. As importações de autopeças cresceram em US$ 1,29 bilhão, enquanto as de bens de capital fabricados fora do país, como computadores, avançaram US$ 462 milhões. As importações de alimentos e de ração para animais aumentaram em US$ 33 milhões.

As importações de suprimentos industriais recuaram em US$ 186 milhões em junho. As exportações dos EUA de bens de capital caíram em US$ 1,43 bilhão. Os embarques de suprimentos industriais, como óleo combustível, diminuíram em US$ 1,01 bilhão. Já as exportações de bens de consumo aumentaram levemente em US$ 123 milhões em junho, enquanto as de automóveis cresceram em US$ 233 milhões. As exportações de alimentos, ração animal e bebidas recuaram em US$ 310 milhões.

China
O déficit comercial dos Estados Unidos com a China ampliou-se para US$ 26,15 bilhões em junho, o maior nível desde outubro de 2008 e 17% acima do déficit de US$ 22,28 bilhões de maio. O dado deve oferecer mais munição aos legisladores norte-americanos, que pressionam a administração Obama para que exija da China mudança em sua política de câmbio.

Embora a China tenha anunciado no começo do ano movimento em direção à flexibilização do câmbio, os legisladores dizem que o yuan continua sendo mantido artificialmente em baixa em relação ao dólar, prejudicando a competitividade norte-americana. Os legisladores ameaçam aprovar leis de retaliação que podem penalizar as importações de países que demonstrem manipular sua moeda.

O déficit comercial com outros parceiros também subiu. O déficit com a União Europeia avançou 26% em julho para US$ 7,76 bilhões e o déficit comercial com o Japão avançou 45% para US$ 5,25 bilhões. O déficit comercial com o México subiu para US$ 6,21 bilhões e o déficit com o Canadá avançou para US$ 2,58 bilhões. As informações são da Dow Jones.

Leia mais notícias sobre os Estados Unidos

Siga as notícias do site EXAME sobre Mundo no Twitter

Acompanhe tudo sobre:ComércioComércio exteriorDéficit comercialEstados Unidos (EUA)Países ricos

Mais de Mundo

Manifestação reúne milhares em Valencia contra gestão de inundações

Biden receberá Trump na Casa Branca para iniciar transição histórica

Incêndio devastador ameaça mais de 11 mil construções na Califórnia

Justiça dos EUA acusa Irã de conspirar assassinato de Trump; Teerã rebate: 'totalmente infundado'