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Defesa de acusado de violentar jovem indiana fala em tortura

Segundo advogado, um de seus clientes foi torturado pela polícia várias vezes desde sua prisão


	Manifestantes pedem a morte dos estupradores da jovem morta em Nova Délhi, durante protesto: acontece hoje uma nova audiência do caso em que serão julgados cinco acusados
 (Narinder Nanu/AFP)

Manifestantes pedem a morte dos estupradores da jovem morta em Nova Délhi, durante protesto: acontece hoje uma nova audiência do caso em que serão julgados cinco acusados (Narinder Nanu/AFP)

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Da Redação

Publicado em 10 de janeiro de 2013 às 08h21.

Nova Délhi - O potencial advogado de defesa de três dos cinco acusados pelo estupro coletivo que levou à morte de uma jovem indiana declarou nesta quinta-feira que um de seus clientes foi torturado pela polícia, informou nesta quinta-feira a imprensa local.

Manohar Lal Sharma afirmou à imprensa, antes de entrar esta manhã no tribunal de Nova Délhi, que um dos acusados, identificado como Mukesh Singh, denunciou ter sofrido tortura várias vezes desde sua prisão.

O advogado tinha dito antes que os três acusados que pretende defender - se a corte admitir esse pedido - devem se declarar inocentes.

No tribunal, situado no distrito de Saket, no sul da cidade, acontece hoje uma nova audiência do caso em que serão julgados cinco dos seis acusados pelo crime, já que o sexto é menor de idade.

Os homens são acusados de vários crimes, entre os quais estão o estupro e o assassinato - sendo que este último pode ser punido na Índia com a pena de morte.

O tribunal decidiu que o julgamento será a portas fechadas depois que na segunda-feira a sala ficou lotada, o que dificultou o desenvolvimento do processo judicial.

O caso da jovem indiana, uma estudante de Fisioterapia de 23 anos que foi estuprada em 16 de dezembro em um ônibus de Nova Délhi e que morreu 13 dias depois pelos ferimentos sofridos no ataque, desencadeou uma grande onda de indignação no país.

Milhares de pessoas se manifestaram desde então na capital e em outras cidades do país reivindicando a pena de morte para os acusados, mais proteção para as mulheres e duras punições aos policiais que não agem contra assédios e abusos sexuais. 

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