A Defesa Civil quer incentivar a cultura de prevenção no país (Walter Campanato / Agência Brasil)
Da Redação
Publicado em 8 de fevereiro de 2012 às 16h50.
Brasília – O secretário Nacional de Defesa Civil, Humberto Viana, destacou hoje o papel da população para evitar desastres naturais. Segundo ele, o órgão quer incentivar a cultura da prevenção no país. "A recomendação é que não sejam retiradas vegetações de encostas, que sustentam a terra, para prevenir deslizamentos e que não se jogue lixo na natureza, especialmente nas vias de escoamento de água.”
De acordo com ele, no caso das regiões onde ocorre seca, devem ser planejadas estruturas para armazenamento de água no período de chuva, com a construção de açudes. Em relação às áreas afetadas por chuvas fortes, ele chama a atenção das autoridades municipais para a necessidade de serem elaborados projetos que tenham condições de ser imediatamente aceitos.
“Há gestores que encaminham ao governo federal projetos em que não está feita sequer a estimativa de custos das obras”, disse em entrevista programa Brasil em Pauta, produzido pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República em parceria com a EBC Serviços.
Humberto Viana informou que vão ser investidos R$ 30 milhões no aparelhamento do Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres Naturais (Cenad) – instalado em uma área de 600 metros quadrados em Brasília. Além disso, serão contratados 50 técnicos especializados (entre engenheiros, geólogos, meteorologistas e outros profissionais). “Em um ano, o centro estará preparado para assistir com mais eficiência as áreas de risco, com informações mais precisas sobre o clima.”
Ele informou que todos os municípios que sofrem transtornos por causa do clima já podem se cadastrar nas agências do Banco do Brasil para receber o cartão da Defesa Civil, que permite o uso de recursos públicos com rapidez e transparência. Até agora, ele só havia sido emitido para 25 municípios de cinco estados. Segundo a Defesa Civil, o cartão deverá ser usado exclusivamente para o pagamento de despesas relacionadas às ações de socorro, assistência às vítimas e restabelecimento de serviços essenciais como aquisição de água potável, colchões e cestas de alimentos.
O cartão tem apenas a função crédito, não sendo permitido saque em espécie, compras parceladas e uso fora do Brasil. Além disso, o cartão não aceita parcelamento de compras. O montante do repasse é definido conforme o número de atingidos pelo desastre.