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Defesa alemã de Puigdemont pede que Tribunal rejeite pedido de extradição

Os advogados contestam os motivos que levaram o Ministério Público a pedir a extradição de Puigdemont e vão recorrer ao Tribunal Territorial alemão

Puigdemont: a Espanha já havia solicitado a extradição do ex-presidente catalão (Jack Taylor/Getty Images)

Puigdemont: a Espanha já havia solicitado a extradição do ex-presidente catalão (Jack Taylor/Getty Images)

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EFE

Publicado em 3 de abril de 2018 às 09h39.

Berlim - Os advogados alemães do ex-presidente catalão Carles Puigdemont solicitaram por escrito ao Tribunal Territorial de Schleswig-Holstein que rejeite o pedido de extradição feito pelo Ministério Público alemão.

Em declarações à Agência Efe, o porta-voz da equipe alemã de advogados de Puigdemont, Till Dunckel, apontou que trata-se de um trâmite habitual e que de fato a defesa o enviou no domingo ao Tribunal antecipando-se ao movimento da Promotoria, que enviou o pedido hoje.

Dunckel disse que, "como era de esperar por todas as partes", o Ministério Público de Schleswig-Holstein solicitou a extradição de Puigdemont relacionada com a ordem europeia ditada pelo Supremo Tribunal da Espanha, onde o líder independentista é processado por rebelião e mal uso de fundos públicos.

Em um comunicado, Dunckel lembrou que agora o Tribunal Territorial em Schleswig deve decidir "se o pedido é justificado" e se a entrega à Espanha é "lícita".

O advogado acrescentou também que, segundo o comunicado de imprensa divulgado hoje pelo MP, a realização do referendo "não é a princípio punível".

"Por outro lado, a acusação de 'rebelião' é justificada porque Puigdemont não desconvocou o referendo quando funcionários espanhóis o alertaram de possíveis distúrbios", aponta o texto.

Além disso, o fato de a realização da consulta ter gerado despesas, justificaria segundo a Promotoria a acusação por mal uso de fundos públicos, acrescenta o comunicado dos advogados.

"Puigdemont e seus advogados defensores acreditam em uma análise independente e objetiva do Tribunal Territorial de Schleswig, à qual transferirão em detalhe suas objeções frente à extradição", conclui o comunicado.

 

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