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Decisão do Parlamento da Crimeia é ilegítima, diz premiê

Decisão da Crimeia de pedir a adesão da península à Rússia é ilegítima, afirmou primeiro-ministro interino ucraniano, Arseni Yatseniuk

O presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy (d), cumprimenta o premiê da Ucrânia, Arseni Yatseniuk: "referendo não tem bases legais", afirmou Arseni (Georges Gobet/AFP)

O presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy (d), cumprimenta o premiê da Ucrânia, Arseni Yatseniuk: "referendo não tem bases legais", afirmou Arseni (Georges Gobet/AFP)

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Da Redação

Publicado em 24 de março de 2014 às 14h24.

Bruxelas - A decisão do Parlamento da Crimeia de pedir nesta quinta-feira a adesão da península à Rússia é "ilegítima", afirmou em Bruxelas o primeiro-ministro interino ucraniano, Arseni Yatseniuk, que denunciou que Moscou está construindo um "novo muro".

"É uma decisão ilegítima e o referendo não tem bases legais", afirmou em uma entrevista coletiva ao comentar o anúncio do Parlamento da Crimeia de organizar um referendo em 16 de março para validar o pedido de separação da Ucrânia.

O primeiro-ministro ucraniano saía de uma reunião com os chefes de Estado e de Governo da União Europeia (UE), convocados para uma reunião extraordinária dedicada à crise na Ucrânia.

"Um novo muro está sendo construído e digo ao presidente Putin, 'senhor Putin, derrube este muro, o muro da intimidação e da agressão militar, e vamos construir um novo tipo de cooperação'".

"Estamos prontos para cooperar, não para rendição e para estar subordinados à Rússia", completou.

"Pedimos ao governo russo que não apoie os que estimulam o separatismo na Crimeia".

Yatseniuk defendeu o diálogo, mas advertiu que no caso de uma nova escalada e intervenção militar [...] "o governo da Ucrânia e as Forças Armadas atuarão de acordo com a Constituição".

"Estamos prontos para defender nosso país", disse.

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