Mundo

Decisão de Gurgel é recebida com indignação no MP

Promotores de Justiça e procuradores da República estão perplexos e indignados com a decisão do procurador-geral da República sobre o escândalo do patrimônio de Palocci

Roberto Gurgel poderia ter adotado medidas preliminares, segundo os promotores (Agência Brasil)

Roberto Gurgel poderia ter adotado medidas preliminares, segundo os promotores (Agência Brasil)

DR

Da Redação

Publicado em 7 de junho de 2011 às 08h49.

São Paulo - A decisão de ontem do procurador-geral da República, Roberto Gurgel, de arquivar os pedidos da oposição para que o Ministério Público (MP) investigasse criminalmente o ministro da Casa Civil, Antonio Palocci, causou perplexidade e até indignação entre promotores de Justiça e procuradores da República. As representações tinham como base informação veiculada pela imprensa segundo a qual o patrimônio de Palocci teria aumentado pelo menos 20 vezes entre 2006 e 2010.

Promotores e procuradores avaliam que o chefe do Ministério Público Federal (MPF) poderia, a par de seu argumento central - a lei penal não tipifica como crime a incompatibilidade entre o patrimônio e a renda declarada -, ter adotado medidas preliminares, sem que isso violasse o status dignitatis do indivíduo, no caso Antonio Palocci.

Tecnicamente, os procuradores consideram que Roberto Gurgel deveria ter mandado verificar o rol de empresas às quais Palocci diz ter prestado consultorias e se tiveram ou têm algum tipo de relação com o governo. "Para abrir investigação, não precisa de provas, mas indícios", anota um promotor de São Paulo, que investiga corrupção. "Um indício é a multiplicação do patrimônio (do ministro). Ninguém está dizendo que é crime. O membro do Ministério Público não pode esperar que as representações já venham acompanhadas de documentos comprobatórios. Fosse assim, para que serve o Ministério Público?" As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Acompanhe tudo sobre:Antonio PalocciCorrupçãoEscândalosFraudesJustiçaMinistério da Casa CivilPersonalidadesPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileiros

Mais de Mundo

Putin sanciona lei que anula dívidas de quem assinar contrato com o Exército

Eleições no Uruguai: Mujica vira 'principal estrategista' da campanha da esquerda

Israel deixa 19 mortos em novo bombardeio no centro de Beirute

Chefe da Otan se reuniu com Donald Trump nos EUA