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Decisão da venda de chips da Nvidia à China está na mesa de Trump, diz secretário

Declaração ocorre em meio às discussões sobre o controle de exportações de tecnologias avançadas para países considerados rivais

Mateus Omena
Mateus Omena

Repórter

Publicado em 24 de novembro de 2025 às 17h43.

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O secretário de Comércio dos Estados Unidos, Howard Lutnick, afirmou nesta segunda-feira, 24, que a autorização para a venda de chips H200 de inteligência artificial (IA), desenvolvidos pela Nvidia, à China depende de uma decisão direta do presidente Donald Trump.

Segundo Lutnick, a proposta “está sobre a mesa” e caberá ao presidente decidir “se será executada ou não”. A declaração ocorre em meio às discussões sobre o controle de exportações de tecnologias avançadas para países considerados rivais, como a China.

“Está sobre a mesa de Donald Trump. A Nvidia realmente quer vender esses chips e tem bons motivos para isso, mas ele, aconselhado por muitos especialistas, será quem decidirá se vamos seguir em frente com a venda desses chips”, disse Lutnick, em entrevista à Bloomberg, após participar da reunião de ministros do Comércio da UE realizada nesta segunda-feira em Bruxelas.

E acrescentou: “Essa é a questão: se você quer vender seus melhores chips para a China para que eles usem sua tecnologia, ou não vender seus chips e aguentar para competir na corrida da IA por conta própria”.

Lutnick considerou que “há muitas pessoas que acreditam que a possibilidade de vender esses chips H200 da Nvidia para a China é algo a ser considerado profundamente” e que “Trump levará isso em consideração”.

O secretário de Comércio dos EUA também garantiu que as autoridades executarão “a decisão que ele (Trump) tomar”.

Rivalidade comercial e tecnológica

Em julho, um comitê da Câmara dos Representantes dos EUA alertou sobre os riscos associados à venda de chips para a China. Em uma carta ao secretário de Comércio, o presidente do comitê apontou que os H20 — menos potentes que os H100 ou H200 — superariam amplamente a capacidade de fabricação local na China e poderiam impulsionar o desenvolvimento de inteligência artificial para fins estratégicos.

Por outro lado, o CEO da Nvidia, Jensen Huang, já manifestou suas expectativas para vender no futuro chips da família Blackwell na China, embora, por enquanto, não haja planos para isso.

Além de participar do Conselho de Ministros do Comércio da UE, Lutnick se reuniu nesta segunda-feira com a vice-presidente executiva da Comissão Europeia, Henna Virkkunen. Os dois discutiram a aplicação da declaração conjunta no âmbito digital e tecnológico, incluindo a meta comum de mobilizar US$ 40 bilhões em compras de chips avançados de inteligência artificial durante o ano que vem.

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