Mundo

Decepção na ONU 'por fracasso dos EUA' em fechar Guantánamo

Organização pediu o apoio do Congresso americano para garantir que a prisão seja fechada

A ONu lamentou "o fracasso em encontrar os responsáveis de grandes violações dos direitos humanos" (Paul J. Richards)

A ONu lamentou "o fracasso em encontrar os responsáveis de grandes violações dos direitos humanos" (Paul J. Richards)

DR

Da Redação

Publicado em 23 de janeiro de 2012 às 12h59.

Genebra - A Alta Comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Navi Pillay, declarou-se profundamente decepcionada nesta segunda-feira pelo "fracasso dos Estados Unidos em fechar a prisão de Guantánamo".

Em um comunicado, Pillay lamenta "o fracasso em encontrar os responsáveis de grandes violações dos direitos humanos, incluindo a tortura, que ocorreram ali".

"Convoco o Congresso dos Estados Unidos a tomar as medidas que permitam à administração americana fechar o centro de detenção da baía de Guantánamo", indicou Pillay, e acrescentou que os Estados Unidos devem respeitar também o princípio segundo o qual ninguém deve ser enviado a um país onde possa ser torturado.

"Há dez anos o governo dos Estados Unidos abriu a prisão de Guantánamo e há 3 anos, no dia 22 de janeiro de 2009, o presidente americano ordenou o fechamento nos 12 meses seguintes", lamentou a Alta Comissária.

Hoje "este estabelecimento continua existindo e há indivíduos que continuam detidos de maneira arbitrária e por um tempo indeterminado, em violação flagrante do direito internacional", declarou.

Navi Pilay também convocou o governo americano a "garantir que as condições de detenção sejam perfeitamente condizentes com as normas dos direitos humanos, segundo o direito internacional, enquanto Guantánamo permanecer aberta".

Acompanhe tudo sobre:Estados Unidos (EUA)ONUPaíses ricosPolítica

Mais de Mundo

Putin sanciona lei que anula dívidas de quem assinar contrato com o Exército

Eleições no Uruguai: Mujica vira 'principal estrategista' da campanha da esquerda

Israel deixa 19 mortos em novo bombardeio no centro de Beirute

Chefe da Otan se reuniu com Donald Trump nos EUA