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Debate sobre futuro se intensifica antes da posse de Chávez

Em Caracas, o debate sobre o futuro do país acirrou-se, envolvendo não só o governo e a oposição, como também a Igreja Católica


	Venezuelanos carregam cartazes de apoio ao presidente: a 2 dias da posse, tudo indica que Chávez não estará em condições físicas de assumir o cargo 
 (REUTERS/Carlos Garcia Rawlins)

Venezuelanos carregam cartazes de apoio ao presidente: a 2 dias da posse, tudo indica que Chávez não estará em condições físicas de assumir o cargo  (REUTERS/Carlos Garcia Rawlins)

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Da Redação

Publicado em 8 de janeiro de 2013 às 08h00.

Caracas – Reeleito para um novo mandato de seis anos em outubro passado, o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, deveria prestar juramento perante a Assembleia Nacional na próxima quinta-feira (10). Mas, faltando dois dias para a posse, tudo indica que ele não estará em condições físicas de assumir o cargo e que o debate entre a oposição e o governo sobre o futuro da Venezuela continuará.

Nessa segunda-feira (7), o ministro da Comunicação, Ernesto Villegas, informou que Chávez “está assimilando” o tratamento da insuficiência respiratória que sofreu por causa de uma infecção pulmonar e que ele está em uma “situação estacionária”. A infecção foi consequência da cirurgia para a retirada de um tumor maligno na região pélvica, realizada no ultimo dia 11 de dezembro, em Cuba. É a quarta operação à qual Chávez se submete, desde que descobriu o câncer, ha 18 meses.

O comunicado oficial não faz menção à provável ausência de Chávez na data em que deveria assumir mais um mandato presidencial de seis anos. Mas critica “a guerra psicológica” que estaria sendo empreendida no exterior para debilitar o governo venezuelano durante a ausência do presidente. Chávez não é visto em público desde que embarcou para Havana, há mais de três semanas.

Em Caracas, o debate sobre o futuro do país acirrou-se, envolvendo não só o governo e a oposição, como também a Igreja Católica. Os bispos católicos venezuelanos alertaram sobre o que consideram um “grave risco” para a estabilidade do país e disseram que qualquer tentativa de anular a Constituição, para permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no poder, seria “moralmente inaceitável”.

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