HILLARY E TRUMP: com pouco mais de 40 dias para as eleições, vencer o primeiro debate é essencial para ambas as campanhas / Alex Wong/Justin Sullivan/Getty Images
Da Redação
Publicado em 22 de setembro de 2016 às 20h35.
Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h32.
Nas eleições americanas, os debates importam? As estatísticas e a história dizem que sim. É de olho nisso e nos estimados 100 milhões de espectadores que o republicano Donald Trump e a democrata Hillary Clinton se enfrentam na próxima segunda-feira à noite. Segundo o estatístico Nate Silver, nos anos recentes um bom desempenho no debate pode aumentar em 3 a 4 pontos percentuais o desempenho nas pesquisas de intenção de voto seguinte.
Mas o bom desempenho em um debate, assim como a convenção do partido, não garante a dianteira por muito tempo. Ainda resta, afinal, uma campanha pela frente até novembro. Em 2012, o republicano Mitt Romney ganhou impulso depois de um debate importante contra o atual presidente, Barack Obama, mas não conseguiu administrar a vantagem nas semanas seguintes e ficou pelo caminho.
Hillary deve tentar destacar seu domínio político e legislativo, junto com sua experiência como senadora e secretária de estado. Nos últimos debates em que participou, contra Obama, em 2008, e este ano contra Bernie Sanders, ela teve dificuldades usar a experiência a seu favor. Trump, por outro lado, deve trazer sua tradicional hostilidade e o carisma de celebridade televisa. Sua estratégia deve ser tentar tirar a adversária do eixo – sites de aposta estimam em 45% a chance de ele chamar a adversária por apelidos no debate.
O moderador do encontro será o âncora da rede de TV NBC, Lester Holt, que tem experiência de ter moderado apenas um debate, em janeiro deste ano. Sua função já é chamada de o cargo mais ingrato das eleições americanas. Os dois estão tecnicamente empatados — Hillary tem 46% e Trump 43,4% das intenções, de acordo com o site Real Clear Politics. Com tanto em jogo, cada detalhe importa.