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De olho na Rio+20, Marina Silva vira grife ambiental

Sem perspectiva de suporte partidário, Marina diz que discutir novas formas de fazer política é mais relevante do que correr para montar um novo partido

A ira apaixonada do momento é mesmo o Código Florestal, projeto em tramitação no Senado que é execrado pela candidata derrotada à presidência nas eleições 2010 (Lailson dos Santos/Veja)

A ira apaixonada do momento é mesmo o Código Florestal, projeto em tramitação no Senado que é execrado pela candidata derrotada à presidência nas eleições 2010 (Lailson dos Santos/Veja)

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Da Redação

Publicado em 2 de outubro de 2011 às 10h21.

Brasília - Um ano depois de conquistar 20 milhões de votos e levar a eleição presidencial para o segundo turno, Marina Silva está sem partido e com a atuação política restrita ao nicho do meio ambiente. Os temas, nas andanças pelo país, são recorrentes: o Código Florestal e a Conferência Rio+20. Sem perspectiva de suporte partidário, ela e os amigos e aliados dizem que discutir novas formas de fazer política é mais relevante do que correr para montar um novo partido.

A ira apaixonada do momento é mesmo o Código Florestal, projeto em tramitação no Senado que é execrado pela ex-ministra do governo Lula, ex-senadora e candidata derrotada à presidência nas eleições 2010.

Marina começou a semana passada com uma palestra na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) do Distrito Federal. Ao lado do senador e amigo Jorge Vianna (PT-AC), ela mostrou-se incrédula em relação às mudanças prometidas no texto. "Vai ser prejuízo irreversível para o Brasil se aprovar esse Código do jeito que foi votado na Câmara", vaticinou, na segunda-feira para uma plateia de cerca de 50 pessoas.

No dia seguinte, em São Paulo, ao lado do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, fez a mesma crítica em tom de súplica pelas mudanças no Código, quase uma ladainha. Lembrou que, entre o primeiro e o segundo turnos das eleições, a então presidenciável Dilma Rousseff "se comprometeu a vetar o perdão para os desmatadores".

"Temos de ficar mobilizados para que Dilma tenha força política para vetar. A Rio+20 é nosso grande trunfo para ter um bom texto para o Código Florestal", conclamou Marina. Já o governo corre contra o tempo para aprovar tudo neste ano e se ver livre da pressão ambientalista exacerbada pela conferência da ONU, em junho de 2012.

De olho na Rio+20, Conferência das Nações Unidas em Desenvolvimento Sustentável, a agenda de Marina prosseguiu, ao longo da semana passada, com palestras sobre o Código e sobre a Campanha da Fraternidade de 2011, da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que tem como tema "Vida Plena no Planeta Terra". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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