O novo primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi (Vivek Prakash/Bloomberg)
Da Redação
Publicado em 1 de junho de 2014 às 12h14.
Nova Délhi - O novo primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, escolheu um ex-espião com anos de experiência em lidar com o Paquistão como seu conselheiro de segurança nacional, uma decisão que autoridades dizem sinalizar uma abordagem mais decisiva em relação ao inimigo tradicional de Nova Délhi.
A escolha de Ajit Doval, assim como a do ex-general chefe do exército indiano V.K. Singh como um ministro federal para a região nordeste, sublinha planos para renovar a segurança nacional classificada por frágil por Modi.
As duas nomeações, que se reportarão diretamente para Modi, apontam para um desejo de abordar o que são, indiscutivelmente, as duas preocupações mais prementes da Índia: o Paquistão e a China. Ambos os países, como a Índia, têm armas nucleares.
Doval, um oficial altamente condecorado famoso por seu papel em missões de contra-insurgência, há muito defende medidas duras contra os grupos militantes, apesar de as operações que ele esteve envolvido sugerem maior pragmatismo.
Doval também esteve Kandahar, no Afeganistão, quando um avião da Indian Airlines foi sequestrado por militantes paquistaneses na véspera de Natal de 1999. A crise foi resolvida quando os principais militantes foram libertados em troca de reféns.
"Doval é um pensador for a dos padrões", disse um oficial da Inteligência com longos anos de serviço na Caxemira e outros pontos da Índia. "Espere que ele vai agitar as coisas." Já Singh declarou que sua prioridade é desenvolver o nordeste, a fim de diminuir a diferença com investimento chinês em estradas e ferrovias em seu lado da fronteira.
A Índia também está criando um novo corpo de montanha e reforçando as defesas de fronteira, apesar de a iniciativa ter se estagnado.