Mundo

Datas importantes na vida do ex-presidente egípcio Hosni Mubarak

Filho do ex-general já havia entrado no comitê do partido para tentar a sucessão

Hosni Mubarak, ex-presidente egípcio: governante estava no poder desde 1981 (Getty Images)

Hosni Mubarak, ex-presidente egípcio: governante estava no poder desde 1981 (Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 19 de junho de 2012 às 20h03.

Madri - Hosni Mubarak deixou nesta sexta-feira a Presidência do Egito após três décadas no poder e uma vasta carreira militar. Confira as datas imporantes na vida política do ex-presidente:

1971 - General das Forças Aéreas egípcias.

1973 - Chefe da Força Aérea Egípcia durante a guerra de Yom Kippur contra Israel.

1975 - Nomeado vice-presidente do Egito pelo então presidente Anwar el-Sadat, de quem foi homem de confiança.

1977 - Secretário-geral do Partido Nacional Democrático (NDP) fundado por Sadat. Desse posto interveio nas negociações de paz com Israel.

6/10/1981 - Mubarak é ferido no atentado que causou a morte de Anwar el-Sadat. Horas depois do atentado, Mubarak é proposto pelo Comitê Político do PND como sucessor de Sadat.

7/10/1981 - A nomeação de Mubarak como presidente da República do Egito é referendada pelo Parlamento.

1987 - Reeleito presidente para outro período de seis anos.

1989 - O Egito, que tinha sido expulso da Liga Árabe após assinar a paz com Israel, é readmitido por ter mediado a guerra entre Irã e Iraque. Mubarak assume um importante papel de mediador no conflito entre israelenses e palestinos. Propõe o plano de pacificação para a Palestina que terminou nos Acordos de Oslo (1993) e na autonomia para Gaza e Jericó.

Outubro de 1993 - Reeleito presidente.

1995 - Sai ileso de um atentado em Adis-Abeba.

1999 - Mubarak ganha um quarto mandato presidencial referendado por 93,79% dos eleitores.


Abril de 2005 - O Movimento opositor "Kifaya" organiza manifestações exigindo reformas democráticas.

Maio de 2005 - O Parlamento aprova uma emenda constitucional que permite, pela primeira vez, que outros candidatos concorram às eleições.

7/09/2005 - Mubarak é reeleito presidente.

Dezembro de 2005 - O partido de Mubarak ganha as eleições parlamentares, mas a Irmandade Muçulmana, grupo ilegalizado, mas tolerado, que concorre como independente, obtém um histórico 20% das cadeiras.

Novembro 2007 - Mubarak encerra o IX Congresso do NDP com a inclusão de seu filho Gamal no Comitê Supremo.

Agosto de 2009 - Se reúne em Washington com Barack Obama, após vários anos de esfriamento de relações com os EUA durante o mandato de George W Bush.

Dezembro de 2010 - O NDP ganha as eleições parlamentares qualificadas de fraudulentas pela oposição.

25/01/2011 - Milhares de manifestantes, convocados via internet, iniciam os protestos contra o regime de Mubarak que acabarão com sua saída do poder.

Manifestante a favor do regime de Mubarak beija foto do então presidente egípcio (Peter Macdiarmid/Getty Images)

29/01/2011 - Mubarak anuncia uma mudança de Governo e nomeia pela primeira vez um vice-presidente, o general Omar Suleiman, mas os protestos continuam.

31/01/2011 - O presidente egípcio encarrega o vice-presidente de abrir um diálogo com as forças políticas para estudar modificações da Constituição.

01/02/2011 - Greve geral. Mubarak, em discurso pela televisão, anuncia que não concorrerá às próximas eleições, mas que dirigirá a transição.

05/02/2011 - Mubarak muda a cúpula do NDP e tira seu filho Gamal da direção.

08/02/2011 - Aprova a formação de um comitê para estudar reformas na Constituição.

11/02/2011 - Milhares de pessoas manifestam no Cairo sua rejeição a pactos ou regras que não signifiquem a saída de Mubarak e este acaba renunciando completamente ao poder.

Acompanhe tudo sobre:ÁfricaEgitoHosni MubarakPolíticaPolítica no BrasilPolíticosProtestos

Mais de Mundo

Yamandú Orsi, da coalizão de esquerda, vence eleições no Uruguai, segundo projeções

Mercosul precisa de "injeção de dinamismo", diz opositor Orsi após votar no Uruguai

Governista Álvaro Delgado diz querer unidade nacional no Uruguai: "Presidente de todos"

Equipe de Trump já quer começar a trabalhar em 'acordo' sobre a Ucrânia