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Danos em palacete histórico de Paris são irreversíveis

Um incêndio de causas ainda desconhecidas atingiu o Hotel Lambert, um palacete do século XVII do centro de Paris


	Hotel Lambert antes do incêndio: custos de reconstrução após o incêndio devem superar os da reforma que era feita no hotel, orçada em 47 milhões de euros, segundo ministra francesa
 (Lionel Bonaventure/AFP)

Hotel Lambert antes do incêndio: custos de reconstrução após o incêndio devem superar os da reforma que era feita no hotel, orçada em 47 milhões de euros, segundo ministra francesa (Lionel Bonaventure/AFP)

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Da Redação

Publicado em 10 de julho de 2013 às 13h41.

Paris - Um incêndio de grandes proporções atingiu na madrugada desta quarta-feira um palacete do século XVII, propriedade da família do emir do Catar, no centro de Paris, e as chamas causaram danos irreversíveis em algumas de suas obras arte.

O fogo no conhecido Hotel Lambert, obra do arquiteto de Versalhes Luis Le Vau e situado no extremo sul da ilha Saint Louis da capital francesa, começou por volta da 1h local (20h de Brasília) e os bombeiros demoraram cerca de sete horas para apagá-lo completamente.

Cerca de 100 bombeiros trabalharam para controlar o incêndio que, segundo um responsável, começou no telhado por causas ainda desconhecidas e a suspeita é de que tenha sido acidental.

Vários moradores de edifícios próximos foram desalojados em função do risco de propagação do fogo, principalmente devido à existência de bujões de gás em seu interior.

A ministra francesa da Cultura, Aurélie Filippetti, foi até o hotel, "um elemento essencial do patrimônio de Paris", e constatou que os danos são "muito graves", alguns deles "irreversíveis".

Aurélie se referiu às imperfeições causadas pelo afundamento do teto do gabinete dos banhos, pintado por Eustache Le Sueur no século XVII.

A ministra disse que não pode calcular com precisão os custos de reconstrução após o incêndio, mas admitiu que devem superar os da polêmica reforma que estava sendo feita no hotel, orçada em 47 milhões de euros (cerca de R$ 135 milhões).

O edifício histórico foi adquirido em 2007 por 60 milhões de euros (cerca de R$173 milhões) por familiares do emir do Catar, que começaram a reforma para, entre outras coisas, modificar diversos elementos arquitetônicos do hotel, o que causou a polêmica.

A administração francesa proibiu alguns dos projetos iniciais dos atuais proprietários, como um elevador para carros.

Segundo a ministra, a família do emir se comprometeu com a restauração e contará com a cooperação dos serviços do governo francês.

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