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Damasco pede que oposição largue armas

''Todos que tiverem armas em mãos devem entregá-la. Desta forma, a situação voltará a seu estado natural e poderemos resolver os problemas políticos'', disse Haidar


	Imagem da TV síria mostra membros da forças de segurança em um confronto em Damasco
 (AFP)

Imagem da TV síria mostra membros da forças de segurança em um confronto em Damasco (AFP)

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Da Redação

Publicado em 21 de agosto de 2012 às 21h27.

Moscou - O ministro de Reconciliação Nacional da Síria, Ali Haidar, pediu nesta terça-feira que a oposição armada largue as armas e disse que esta medida era uma condição indispensável para um diálogo com o regime de Bashar Al Assad.

''Todos que tiverem armas em mãos devem entregá-la. Desta forma, a situação voltará a seu estado natural e poderemos resolver os problemas políticos'', disse Haidar em entrevista coletiva.

Haidar, que fez as declarações após se reunir com o ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, acredita que ''deve ser criado um mecanismo para a entrega das armas ao Estado. Só depois disto existirá um terreno tranquilo para se sentar e negociar, para chegarmos a uma reconciliação nacional, que leve em conta os interesses de todos'', apontou.

O ministro encorajou todos os opositores que se encontram no exílio a retornarem à Síria, onde terão garantias para que contribuam para a solução dos ''problemas nacionais''.

Por sua vez, o vice-primeiro-ministro da Síria, Qadri Dzhamil, assegurou que Damasco está disposto a iniciar o diálogo e pensar em novas medidas para a reconciliação no país árabe entre as autoridades e a oposição armada.

Esse diálogo, acrescentou, deve incluir dois pontos fundamentais: a renúncia à violência em todas suas formas e a não ingerência exterior. ''Se alcançarmos um acordo nos dois assuntos, poderemos concordar no resto'', apontou.

Além disso, o vice-primeiro-ministro da Síria também destacou que a renúncia do presidente não pode ser uma condição para o início do diálogo entre ambas as partes em conflito.

Durante a reunião com Lavrov, o vice-primeiro-ministro sírio responsabilizou as ''dificuldades'' da Síria à ''ingerência exterior que impede que os próprios sírios solucionem seus problemas. O governo trabalha sob o lema da reconciliação nacional. Todas as partes devem aprender a assumir compromissos'', disse o responsável.

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