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Custo global da obesidade atinge US$ 2 trilhões ao ano

Valor é quase igual ao custo gerado pelo tabagismo ou o impacto combinado da violência armada, guerras e terrorismo


	2,1 bilhões de pessoas, cerca de 30% da população mundial, estão com sobrepeso ou obesidade
 (Getty Images/Justin Sullivan)

2,1 bilhões de pessoas, cerca de 30% da população mundial, estão com sobrepeso ou obesidade (Getty Images/Justin Sullivan)

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Da Redação

Publicado em 20 de novembro de 2014 às 17h44.

Londres - O custo global da obesidade subiu para US$ 2 trilhões anualmente - quase igual ao custo gerado pelo tabagismo ou o impacto combinado da violência armada, guerras e terrorismo, segundo um estudo divulgado hoje pelo Instituto Global McKinsey.

O relatório da empresa de consultoria se concentrou nos aspectos econômicos da obesidade e calculou que o problema provoca impacto de 2,8 pontos porcentuais no Produto Interno Bruto (PIB) global.

"Obesidade não é apenas um problema de saúde", afirmou um dos autores do estudo, Richard Dobbs. "Mas é um grande desafio econômico e de negócios", acrescentou.

O instituto informou que 2,1 bilhões de pessoas, cerca de 30% da população mundial, estão com sobrepeso ou obesidade. Além disso, esse aspecto representa 15% dos custos com a saúde em economias em desenvolvimento.

Em mercados emergentes, conforme os países ficam mais ricos, a taxa de obesidade sobe para o mesmo nível encontrado em países mais desenvolvidos.

O relatório faz uma previsão alarmante de que quase metade da população adulta mundial estará com sobrepeso ou obesa em 2030, caso a tendência atual prossiga.

"Estamos em uma trajetória infeliz", afirmou Dobbs para a Associated Press. "Temos de agir."

O autor do relatório argumenta que os esforços para lidar com a obesidade são fragmentados e que é necessária uma resposta sistêmica.

Segundo o McKinsey, afirmou não há soluções simples ou únicas para o problema e alertou que um desentendimento mundial sobre como avançar na questão está prejudicando o progresso.

A análise pretende oferecer um ponto de partida sobre os elementos de uma possível estratégia.

"Vemos nosso trabalho sobre um potencial programa para tratar a obesidade equivalente aos mapas usados pelos navegadores do século XVI", diz o estudo.

"Algumas ilhas estavam faltando e alguns continentes eram disformes nestes mapas, mas eles ainda foram úteis para os marinheiros da época", acrescenta.

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