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Custo de usinas nucleares francesas dobrará entre 2011 e 2025

O investimento para que esses reatores continuem produzindo eletricidade passará de 1,7 bilhão de euros em 2010 para cerca de 3,7 bilhões anuais em 2025

Uma das razões do aumento são as medidas impostas pela Agência de Segurança Nuclear à companhia EDF após o acidente em Fukushima

Uma das razões do aumento são as medidas impostas pela Agência de Segurança Nuclear à companhia EDF após o acidente em Fukushima

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Da Redação

Publicado em 31 de janeiro de 2012 às 10h46.

Paris - O investimento para manter ativas as usinas nucleares francesas será duas vezes maior entre 2011 e 2020, conforme os cálculos do Tribunal de Contas, que estima que isso aumente os custos de produção em torno de 10%.

Em relatório encomendado pelo Governo francês após a catástrofe de Fukushima, no Japão, o Tribunal de Contas ressaltou ainda que o custo para desmantelar os 58 reatores em atividade e a administração dos resíduos gerados corre o risco de aumentar.

O investimento para que esses reatores continuem produzindo eletricidade (em 2011 representaram 77% da energia gerada na França) passará de 1,7 bilhão de euros em 2010 para cerca de 3,7 bilhões anuais em 2025, informou o organismo em comunicado.

Uma das razões do aumento são as medidas impostas pela Agência de Segurança Nuclear (ASN) à companhia EDF após o acidente em Fukushima.

Sobre as cargas futuras para o parque atômico francês, que no fim de 2010, eram avaliadas em 79,4 bilhões de euros, dos quais 18,4 bilhões de euros para desmantelar os 58 reatores e 28,4 bilhões de euros para armazenar os resíduos radioativos, o Tribunal de Contas acrescentou que provavelmente subirão.

A ministra da Ecologia, Nathalie Kosciusko Morizet, destacou que apesar das incertezas relatadas, a energia nuclear continua sendo 'pouco cara'.

No debate eleitoral sobre o futuro da energia nuclear, o atual presidente da República, Nicolas Sarkozy, se mostrou favorável a manter o predomínio do setor, frente ao candidato socialista, François Hollande, que quer reduzir seu peso na eletricidade para 50% em 2025.

O Tribunal de Contas pediu a criação de uma estratégia energética, que seja debatida e adotada 'com total transparência e de forma explícita'. 

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