Beirute - As forças curdas lançaram uma ofensiva para arrebatar do grupo jihadista Estado Islâmico (EI) áreas ricas em petróleo e gás da província de Al Hasaka, no nordeste da Síria, informou nesta segunda-feira à Agência Efe uma fonte oficial curda.

Em uma conversa por telefone, Nasser Hajj Mansur, porta-voz do Departamento de Defesa da região autônoma curdo-síria de Al Jazeera, onde fica Al Hasaka, detalhou que os choques se concentram em áreas que abrangem desde a periferia sulina da cidade de Qameshli até a fronteira com o Iraque.

Também há combates nas imediações da cidade de Tal Tamr, na mesma província.

Mansur ressaltou que as Unidades de Proteção do Povo - milícias curdo-sírias - estão se coordenando com a coalizão internacional, liderada pelos Estados Unidos, que bombardeia posições dos extremistas nessas regiões.

A fonte acrescentou que também há cooperação com os peshmergas, forças do Curdistão do Iraque, que estão do outro lado da fronteira.

Segundo Mansur, o EI mandou um grande número de reforços, muitos deles estrangeiros, para Al Hasaka.

Mesmo assim, Mansur se mostrou otimista, já que, em sua opinião, as tropas curdo-sírias dispõem de soldados suficientes, cujo número não informou, e de armas pesadas para derrotar os extremistas.

O EI proclamou no final de junho um califado no Iraque e na Síria, onde dominou partes do norte e do centro de ambos países.

Os curdos são os que estão opondo uma maior resistência aos radicais, aos quais conseguiram expulsar no final de janeiro da cidade de Kobani, na fronteira entre Síria e Turquia, após mais de quatro meses de assédio.

Os três principais enclaves curdos do território sírio são Al Jazeera, em Al Hasaka, e Kobani e Afrin, ambas na província de Aleppo.