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Curdos pedem armas à Turquia para conter os jihadistas

O PKK e a Turquia abriram em março de 2013 um processo de paz para acabar com os 30 anos de luta da guerrilha curda para conseguir mais direitos para a minoria


	Combatentes do PKK: esta guerrilha se somou aos grupos de curdos iraquianos e sírios que enfrentam as milícias jihadistas
 (Reuters/Azad Lashkari)

Combatentes do PKK: esta guerrilha se somou aos grupos de curdos iraquianos e sírios que enfrentam as milícias jihadistas (Reuters/Azad Lashkari)

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Da Redação

Publicado em 3 de setembro de 2014 às 07h37.

Ancara - O co-presidente do pró-curdo Partido Democrático, Selahattin Demirtas, solicitou ao governo turco que entregue armas à guerrilha do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) para conter os jihadistas do Estado Islâmico (EI), segundo o jornal "Hürriyet".

"O PKK está lutando contra o EI. A Turquia deveria considerar o que fazer se o PKK lhe pede armas. Pode soar estranho, mas por que não dar armas ao PKK se a paz chegar e o PKK deixar de usá-las contra a Turquia e lutar contra o EI?", diz Demirtas nessa conversa.

O PKK e o Governo turco abriram em março de 2013 um processo de paz para acabar com os 30 anos de luta da guerrilha curda para conseguir mais direitos para esta minoria.

Esta guerrilha se somou aos grupos de curdos iraquianos e sírios que enfrentam as milícias jihadistas no Iraque e na Síria.

A ala juvenil do PKK assegurou inclusive que neutralizou uma célula do EI em Istambul, ferindo dois de seus membros e matando um terceiro.

A oposição turca acusou o governo de ter tolerado durante muito tempo as atividades do EI em seu território e de havê-la apoiado logisticamente em sua luta contra o presidente sírio, Bashar al Assad.

Milicianos do EI atacaram há três meses o Consulado turco na cidade iraquiana de Mossul e mantém sequestrados desde então 49 membros da delegação e seus familiares.

Embora o governo tenha assegurado na segunda-feira que os cidadãos turcos estejam bem e que seu paradeiro é conhecido, as famílias se queixaram de não receber nenhum tipo de informação sobre a situação de seus parentes. 

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