Mundo

Curdos denunciam intensos bombardeios turcos em zonas civis da Síria

O presidente da Turquia afirmou que a operação é dirigida ao Estado Islâmico e a principal milícia curdo-síria

Síria: a Turquia pretende criar uma "zona de segurança" para refugiados na região (Haberturk/Reuters)

Síria: a Turquia pretende criar uma "zona de segurança" para refugiados na região (Haberturk/Reuters)

E

EFE

Publicado em 9 de outubro de 2019 às 13h02.

Última atualização em 9 de outubro de 2019 às 13h06.

Cairo — Aviões turcos começaram, nesta quarta-feira, a bombardear as zonas civis no nordeste da Síria, logo após o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, anunciar o início da ofensiva contra a região, confirmou o porta-voz das Forças Democráticas Sírias (FSD), Mustafa Bali.

"Os aviões turcos começaram a realizar ataques aéreos contra áreas civis. Há um grande pânico entre as pessoas da região", disse Bali. O Centro de Operações e Coordenação Militar das FSD disse, através de sua conta no Twitter, que os Estados Unidos e a coalizão estão pedindo "uma zona de exclusão aérea para impedir ataques contra pessoas inocentes".

Erdogan disse que a operação é dirigida tanto contra o grupo jihadista Estado Islâmico (EI), como contra a principal milícia curdo-síria, Unidades de Proteção Popular (YPG), que dominam o nordeste da Síria e que receberam até esta semana o apoio americano.

Ancara considera que essas milícias curdas são "terroristas" por conta de suas ligações com o grupo armado do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), ativo em solo turco.

Ontem à noite, os curdos informaram que a Turquia bombardeou uma de suas posições na cidade de Ras al Ain, onde está localizada a faixa de fronteira que Ancara quer estabelecer no nordeste da Síria e da qual os EUA, aliados das FSD, retirou-se, não querendo se envolver na operação militar.

A ofensiva começou logo depois que Erdogan agradeceu, através de um telefonema, ao presidente russo, Vladimir Putin, por sua "postura construtiva" diante da ofensiva turca.

A Turquia pretende controlar uma faixa vizinha à fronteira síria, com 32 quilômetros de largura e 480 de comprimento.

Acompanhe tudo sobre:ExplosõesSíriaTurquia

Mais de Mundo

Votação antecipada para eleições presidenciais nos EUA começa em três estados do país

ONU repreende 'objetos inofensivos' sendo usados como explosivos após ataque no Líbano

EUA diz que guerra entre Israel e Hezbollah ainda pode ser evitada

Kamala Harris diz que tem arma de fogo e que quem invadir sua casa será baleado