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Cunhado de rei espanhol apela de condenação por sonegação fiscal

Na sexta-feira, Inaki Urdangarin foi considerado culpado de usar conexões com a realeza para sobretaxar governos regionais

Inaki Urdangarin precisa se apresentar às autoridades uma vez por mês na cidade em que mora (Enrique Calvo/Reuters)

Inaki Urdangarin precisa se apresentar às autoridades uma vez por mês na cidade em que mora (Enrique Calvo/Reuters)

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Reuters

Publicado em 23 de fevereiro de 2017 às 12h09.

Madri - Um tribunal espanhol decidiu nesta quinta-feira não colocar o cunhado do rei da Espanha sob custódia enquanto ele aguarda o resultado de uma apelação contra uma condenação de seis anos de prisão por acusações que incluem sonegação fiscal e lavagem de dinheiro.

Na sexta-feira Inaki Urdangarin foi considerado culpado de usar conexões com a realeza para sobretaxar governos regionais por meio de contratos públicos para a realização de eventos esportivos e turísticos. Ele também foi acusado de burlar o fisco.

O julgamento e a investigação de seis anos capturaram a atenção de um país irritado com uma série de escândalos de corrupção ocorrendo nos níveis mais altos da sociedade espanhola enquanto as pessoas comuns sofrem com os cortes de gastos e o desemprego alto.

Multidões gritaram "ladrão!" quando Urdangarin entrou e saiu da corte nesta quinta-feira. Conforme a lei do país, ele pode apelar da sentença do tribunal provincial de Mallorca na Suprema Corte.

A corte de Mallorca é a maior instância jurídica da região onde os crimes aconteceram, mas a pena não é definitiva até que a Suprema Corte de Madri a confirme.

Enquanto a mais alta corte da nação delibera a respeito da sentença, um processo que pode demorar meses, Urdangarin precisa se apresentar às autoridades uma vez por mês na cidade em que mora, atualmente Genebra, na Suíça, determinou o tribunal nesta quinta.

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