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Cunha diz que sua inclusão em inquérito foi escolha política

Presidente da Câmara negou de forma taxativa sua participação no escândalo de corrupção na Petrobras

Eduardo Cunha presta depoimento na CPI da Petrobras: ele negou de forma taxativa sua participação no escândalo de corrupção na Petrobras (Antonio Cruz/ Agência Brasil)

Eduardo Cunha presta depoimento na CPI da Petrobras: ele negou de forma taxativa sua participação no escândalo de corrupção na Petrobras (Antonio Cruz/ Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 12 de março de 2015 às 14h27.

Brasília - O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), criticou nesta quinta-feira, em depoimento à CPI da Petrobras, sua inclusão e a de outros parlamentares na lista de investigados da Operação Lava Jato, ao qualificá-la como 'escolha política' e uma 'piada'.

Ainda de acordo com Cunha, os pedidos de abertura de inquérito por parte da Procuradoria Geral da República (PGR) são uma tentativa de 'transferir a crise' do Palácio do Planalto para o Congresso.

Cunha negou de forma taxativa sua participação no escândalo de corrupção na Petrobras, leu quase totalmente o texto do pedido de investigação e afirmou que a acusação contra ele e outros parlamentares está repleta de contradições e incorreções.

O presidente da Câmara confirmou conhecer Fernando Baiano - apontado pelo Ministério Público como operador do esquema de corrupção da Petrobras no PMDB -, mas negou ter relação próxima com ele e que o mesmo tenha pagado propina para seu partido, como a PGR apontou.

Cunha alegou que a parte em que é citado no depoimento do doleiro Alberto Youssef não foi confirmada nas delações premiadas de Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, e de Júlio Camargo, executivo da Toyo Setal.

O político explicou que outra justificativa apresentada pela PGR para pedir que ele seja investigado foi o fato de que recebeu doações para campanhas eleitorais de algumas das empresas envolvidas no caso.

'Recebi essas doações, claro que sim, mas foram todas dentro da mais estrita legalidade e todas foram declaradas às autoridades eleitorais', disse Cunha, que entregou documentos sobre o apoio financeiro obtido para suas campanhas.

Segundo a PGR, as doações legais para campanhas políticas foram utilizadas em muitos casos para 'disfarçar' o dinheiro da corrupção e eram estipuladas previamente com os empresários que participavam da trama.

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