Em 7 de janeiro de 2015, 12 pessoas foram assassinadas nos escritórios do Charlie Hebdo em Paris (Getty Images/Getty Images)
AFP
Publicado em 20 de outubro de 2022 às 19h39.
Última atualização em 20 de outubro de 2022 às 19h53.
Um homem acusado de ajudar os agressores do semanário satírico Charlie Hebdo e de um supermercado judaico em janeiro de 2015, na França, foi condenado em apelação à prisão perpétua, informou uma fonte judicial nesta quinta-feira, 20.
Ali Riza Polat, de 37 anos, que nega acusações de cumplicidade em um ataque terrorista, foi condenado a 30 anos de prisão em dezembro de 2020.
Um segundo suspeito, Amar Ramdani, de 41 anos, que havia apelado de sua sentença de 20 anos de prisão por conspirar com os agressores, foi considerado culpado, mas sua sentença foi reduzida para 13 anos.
Em 7 de janeiro de 2015, 12 pessoas foram assassinadas nos escritórios do Charlie Hebdo em Paris pelos irmãos Said e Cherif Kouachi, que disseram estar agindo em nome da Al-Qaeda para vingar a decisão do jornal de publicar caricaturas do profeta Maomé.
Um dia depois, Amedy Coulibaly assassinou uma policial de 27 anos durante um controle de tráfego nos arredores de Paris, antes de matar quatro homens judeus durante uma tomada de reféns no supermercado Hyper Cacher em 9 de janeiro, alegando agir em nome do grupo Estado Islâmico.
Os três foram mortos pela polícia.
Em dezembro de 2020, um tribunal francês condenou 14 pessoas por ajudar a realizar os ataques. Polat e Ramdani foram os únicos que recorreram da sentença.
Os atentados marcaram o início de uma onda mortal de ataques islâmicos em toda a Europa, entre eles o massacre na casa de shows Bataclan e em bares e cafés de Paris em novembro de 2015.
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