PROTESTOS NA VENEZUELA: manifestantes de oposição ao presidente Nicolás Maduro pedem novas eleições / Carlos Garcia Rawlins/Reuters
Da Redação
Publicado em 4 de abril de 2017 às 18h53.
Última atualização em 23 de junho de 2017 às 18h47.
Rússia: terrorista do Quirguistão
Autoridades russas afirmam que o responsável pelo atentado que matou 14 pessoas numa estação de metrô em São Petersburgo na segunda-feira foi um russo nascido no Quirguistão, país de maioria muçulmana. As digitais de Akbarzhon Jalilov, de 22 anos, foram encontradas nos restos da mochila que explodiu, segundo a polícia. Não se sabe se Jalilov se explodiu junto com o artefato ou se fugiu. Nenhum grupo assumiu a autoria do atentado, mas a imprensa local afirma que a principal suspeita recai no grupo terrorista Estado Islâmico, insatisfeito com a participação russa na guerra da Síria.
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Portão da discórdia
A prefeitura de Berlim causou polêmica ao decidir não iluminar o Portão de Brandemburgo com as cores da Rússia após o atentado em São Petersburgo. Em ataques passados, o famoso ponto turístico alemão foi iluminado com cores da França, da Turquia, do Reino Unido e da Holanda. Um porta-voz da prefeitura afirmou que Berlim só mudaria as cores por ataques em “cidades parceiras”. O líder do partido de extrema direita Alternativa para Alemanha, Frauke Petry, criticou a atitude e disse que as vítimas russas estão sendo tratadas como “segunda categoria” — o partido apoia pautas espinhosas do presidente russo, Vladimir Putin, como a anexação da Crimeia.
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“Governados por um idiota”
O grupo terrorista Estado Islâmico afirmou que os Estados Unidos estão “afundando” e sendo “governados por um idiota”, no primeiro pronunciamento do grupo referindo-se ao presidente americano, Donald Trump. “Vocês se tornaram presa para os soldados do califado em toda parte do mundo e estão falidos”, disse o porta-voz do grupo, Abi al-Hassan al-Muhajer. Atualmente, os Estados Unidos participam de frentes de batalha contra o EI, sobretudo nas cidades de Mosul, no Iraque, e Raqqa, na Síria.
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Sem Trumpcare (por enquanto)
O presidente da Câmara dos Estados Unidos, Paul Ryan, anunciou que não há chance de uma lei de saúde substituta para o Obamacare ser aprovada na Casa rapidamente. O American Health Care Act, proposta do presidente Donald Trump, foi derrotada no mês passado, e desde então Trump vem dizendo que a nova prioridade da Casa Branca é passar uma reforma tributária. Mas fontes próximas ao governo dizem que Trump segue interessado na lei de saúde, e congressistas se reuniram nesta terça-feira para estudar a reformulação da proposta. “Ainda está no estado conceitual”, disse Ryan.
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May na Arábia
A premiê britânica, Theresa May, chegou à Arábia Saudita para negociações comerciais, de olho no “imenso potencial saudita para alavancar a economia britânica”. Com o objetivo de negociar parcerias após o rompimento com a União Europeia, a premiê estabeleceu os temas econômicos como “prioridade” na visita. Ela se reuniu com ministros sauditas e, na quarta-feira, vai se encontrar com o rei Salman.
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Investigação no Paraguai
A Organização das Nações Unidas pediu uma investigação no Paraguai sobre a morte de Rodrigo Quintana, manifestante oposicionista que morreu na sexta-feira por ação policial em protestos que chegaram a incendiar o Parlamento do país. Os protestos foram deflagrados após 25 senadores paraguaios se reunirem a portas fechadas para votar uma impopular lei que passaria a permitir a reeleição no país, o que possibilitaria a Cartes se reeleger em 2018. Em meio ao caos político instaurado, o presidente paraguaio, Horacio Cartes, demitiu o chefe de polícia e pediu diálogo com todas as instituições.
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Repressão de Maduro
A polícia da Venezuela reprimiu com bombas de gás lacrimogênio manifestantes que se dirigiam à Assembleia Nacional, em Caracas, para protestar contra a tentativa de tomada do Legislativo pela Justiça, aliada do presidente Nicolás Maduro, na semana passada. A marcha contava com a presença do líder da oposição, Henrique Capriles, e foram registrados oito feridos. O objetivo da oposição é iniciar um processo na Assembleia, onde tem maioria, para remover deputados governistas que foram contra a independência da Casa perante o Judiciário.