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Cubana Tania Bruguera é libertada após apelo de artistas

A detenção dela e de outros opositores ao governo comunista cubano nos últimos dias testou as novas relações diplomáticas da ilha com os Estados Unidos


	Cuba; a detenção dela e de outros opositores ao governo comunista cubano nos últimos dias testou as novas relações diplomáticas da ilha com os Estados Unidos
 (Getty Images)

Cuba; a detenção dela e de outros opositores ao governo comunista cubano nos últimos dias testou as novas relações diplomáticas da ilha com os Estados Unidos (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 2 de janeiro de 2015 às 21h49.

Havana - A artista performática cubana Tania Bruguera foi libertada nesta sexta-feira após ser presa pela terceira vez em três dias e depois que mais de 700 artistas escreveram ao presidente de Cuba, Raúl Castro, pedindo a sua libertação.

A detenção dela e de outros opositores ao governo comunista cubano nos últimos dias testou as novas relações diplomáticas da ilha com os Estados Unidos.

Os dissidentes, que possuem limitado apoio público na ilha caribenha, são denunciados por autoridades cubanas como sendo pagos pelos EUA. Em sua carta aberta a Raúl, artistas do mundo todo disseram estar "profundamente perturbados" com a reação de Cuba ao evento de Bruguera, que nunca aconteceu.

A mãe dela disse à Reuters que a artista voltou para casa no início da noite desta sexta-feira.

A artista, que divide seu tempo entre a ilha e projetos artísticos principalmente na Europa e nos EUA, disse à Reuters após sua primeira prisão que seu passaporte havia sido confiscado pelas autoridades cubanas.

"Nós acreditamos firmemente que sua detenção e a retirada de seu passaporte cubano são respostas inapropriadas a um trabalho de arte que simplesmente busca espaço aberto para discussão pública", disse a carta dos artistas.

Autoridades cubanas normalmente não comentam atividades da polícia tais como a detenção de dissidentes.

Detenções breves são uma resposta padrão de Cuba a protestos de rua da oposição, mas elas têm aumentado significativamente duas semanas após Raúl e o presidente norte-americano, Barack Obama, anunciarem, em 17 de dezembro, a retomada das relações diplomáticas, encerrando mais de cinco décadas de hostilidades.

O chefe do grupo dissidente Comissão Cubana para Direitos Humanos e Reconciliação Nacional, Elizardo Sánchez, disse à Reuters TV que cerca de 60 pessoas foram detidas em conexão com o frustrado evento de Bruguera em 30 de dezembro, na Praça da Revolução, em Havana.

Com a libertação de Bruguera, acredita-se que todos devam ter sido soltos, disse Sánchez nesta sexta-feira.

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