Mundo

Cuba vendeu US$ 368 milhões em charutos apesar da crise

Mesmo com aumento de restrições ao fumo, venda de charutos cubanos cresceu 2% em 2010

Chinesa fuma um charuto em Xangai: vendas crescem em novos mercados (Mark Ralston/AFP)

Chinesa fuma um charuto em Xangai: vendas crescem em novos mercados (Mark Ralston/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 24 de março de 2011 às 09h46.

Havana - Cuba vendeu 368 milhões de dólares em charutos em 2010, 2% a mais do que no ano anterior, apesar da persistência da crise econômica e da aplicação de leis antifumo, sobretudo na Europa, informou nesta segunda-feira o vice-presidente da companhia Habanos S.A, Javier Terrés.

O negócio da Habanos S.A., empresa cubano-espanhola que ostenta o monopólio sobre as vendas dos charutos cubanos, "cresceu no último ano 2%, o que nos deixa moderadamente satisfeitos", disse o executivo, em uma coletiva de imprensa, na abertura do XIII Festival Internacional do Havana.

Terrés destacou que a companhia compensou com uma "evolução muito positiva nas regiões da Ásia-Pacífico, Europa Oriental, Oriente Médio e África" o "efeito negativo" da queda nas vendas em seus principais mercados, entre eles Espanha, devido à "persistência da crise econômica internacional e das leis antifumo".

A diretora do Mercado da companhia Habanos S.A., Ana López, declarou à AFP que embora o crescimento de 2% seja mínimo, é "motivo de satisfação", já que ocorre em meio a um "ambiente de declínio, em mais de 10%, dos artigos de luxo, incluindo os havanas".

Terrés explicou que 2011 será um ano "complicado" para a empresa que, no entanto, espera manter seus níveis de venda do ano passado, e inclusive conquistar um aumento de sua cota no mercado internacional de charutos - atualmente de 72% - a partir de uma maior demanda na Europa Oriental, Oriente Médio e América.

O festival, que a Habanos organiza anualmente para promover o tabaco cubano - considerado o melhor do mundo - é dedicado neste ano a três das mais antigas e célebres marcas das 27 que integram o portfólio da companhia: Partagás, Montecristo e H. Upmann.

Na festa da fumaça azul, que também inclui uma feira comercial com 65 expositores de uma dezena de países, concursos e um seminário teórico, participam mais de 1.200 convidados de cerca de 70 países, entre eles Espanha, França e Itália.

Acompanhe tudo sobre:América LatinaComércioComércio exteriorCubaExportações

Mais de Mundo

Hamas diz a Netanyahu que expandir ofensiva em Gaza 'não será fácil' e preço 'será alto'

Governo dos EUA deixa aberta possibilidade de sancionar China por comprar petróleo russo

Milionário morre ao levar chifrada de búfalo durante caça na África do Sul

FBI vai se aliar ao Texas para localizar congressistas democratas que deixaram o estado