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Cuba vai perdoar 3.522 presos às vésperas de visita do papa

Entre os que serão libertados há detentos com mais de 60 anos, alguns com menos de 20 anos sem ficha criminal, pessoas cronicamente doentes e mulheres


	Papa Francisco durante missa na Cidade do Vaticano: ainda há pessoas detidas por serem acusadas de ter ligações com manifestações políticas pacíficas
 (REUTERS/Giampiero Sposito)

Papa Francisco durante missa na Cidade do Vaticano: ainda há pessoas detidas por serem acusadas de ter ligações com manifestações políticas pacíficas (REUTERS/Giampiero Sposito)

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Da Redação

Publicado em 11 de setembro de 2015 às 11h47.

Havana - Cuba anunciou nesta sexta-feira que vai perdoar 3.522 prisioneiros nos próximos três dias por ocasião da visita do papa Francisco entre 19 e 22 de setembro, repetindo gestos semelhantes que realizou às vésperas das visitas de Bento 16 em 2012 e de João Paulo 2º em 1998.

Não houve nenhum indício imediato de que entre os perdoados estão pessoas consideradas prisioneiros políticos por dissidentes ou organizações de direitos humanos.

Entre os que serão libertados há detentos com mais de 60 anos, alguns com menos de 20 anos sem ficha criminal, pessoas cronicamente doentes, mulheres, alguns presos que estavam prestes a sair em liberdade condicional em 2016 e estrangeiros cuja repatriação pôde ser assegurada, de acordo com a imprensa oficial.

Aqueles que não serão perdoados, com algumas exceções por razões humanitárias, incluem pessoas condenadas por assassinato, estupro, pedofilia, roubo de gado ou abate ilegal, tráfico de drogas e delitos contra a segurança do Estado.

Esta última categoria parece excluir alguns dos cerca de 60 prisioneiros políticos, assim identificados pela entidade dissidente Comissão de Direitos Humanos e Reconciliação Nacional.

Entre estes 60 estão sete infiltradores armados antigoverno, cerca de uma dúzia de pessoas que sequestraram ou tentaram sequestrar aviões ou barcos para fugir do país, quatro soldados armados e um colaborador civil que os ajudou a desertar, e ainda acusados de violência ou espionagem.

Pelo menos duas dúzias de pessoas, entretanto, continuam detidas por serem acusadas de ter ligações com manifestações políticas pacíficas, de acordo com a comissão.

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