Havana - Cuba anunciou nesta sexta-feira que vai perdoar 3.522 prisioneiros nos próximos três dias por ocasião da visita do papa Francisco entre 19 e 22 de setembro, repetindo gestos semelhantes que realizou às vésperas das visitas de Bento 16 em 2012 e de João Paulo 2º em 1998.
Não houve nenhum indício imediato de que entre os perdoados estão pessoas consideradas prisioneiros políticos por dissidentes ou organizações de direitos humanos.
Entre os que serão libertados há detentos com mais de 60 anos, alguns com menos de 20 anos sem ficha criminal, pessoas cronicamente doentes, mulheres, alguns presos que estavam prestes a sair em liberdade condicional em 2016 e estrangeiros cuja repatriação pôde ser assegurada, de acordo com a imprensa oficial.
Aqueles que não serão perdoados, com algumas exceções por razões humanitárias, incluem pessoas condenadas por assassinato, estupro, pedofilia, roubo de gado ou abate ilegal, tráfico de drogas e delitos contra a segurança do Estado.
Esta última categoria parece excluir alguns dos cerca de 60 prisioneiros políticos, assim identificados pela entidade dissidente Comissão de Direitos Humanos e Reconciliação Nacional.
Entre estes 60 estão sete infiltradores armados antigoverno, cerca de uma dúzia de pessoas que sequestraram ou tentaram sequestrar aviões ou barcos para fugir do país, quatro soldados armados e um colaborador civil que os ajudou a desertar, e ainda acusados de violência ou espionagem.
Pelo menos duas dúzias de pessoas, entretanto, continuam detidas por serem acusadas de ter ligações com manifestações políticas pacíficas, de acordo com a comissão.
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1. As 15 doenças da liderança, segundo o papa
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1/17 (Giampiero Sposito/Reuters)
São Paulo - O que o líder de uma equipe pode aprender com o papa Francisco? Para o especialista em gestão norte-americano Gary Hamel, muitas coisas. A partir de um recente discurso do pontífice sobre as mazelas do Vaticano, o autor elaborou uma lista das 15 doenças que podem acometer um executivo. Segundo o artigo publicado na Harvard Business Review, gestores são tão sensíveis a patologias quanto qualquer ser humano. Mas, quando elas não são tratadas, o trabalho de toda uma equipe pode desmoronar. Veja a seguir as "doenças" listadas pelo papa e como elas comprometem a saúde da liderança.
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2. Pensar que somos imortais, imunes ou indispensáveis
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2/17 (thinkstock)
O líder que não tem auto-crítica e se julga acima daqueles que trabalham para ele sofre da "patologia do poder". De acordo com Hamel, a pessoa é tomada por um complexo de superioridade e deixa de se importar com os mais fracos.
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3. Trabalho em excesso
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3/17 (Tim Pannell/Fuse/Thinkstock)
Pessoas que mergulham no trabalho sem reservar tempo para descanso acabam se estressando e perdendo a concentração. Para o especialista, a ocupação excessiva mostra desequilíbrio entre trabalho e vida pessoal. Um tempo de descanso é necessário e permite recarregar as baterias.
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4. "Petrificação"
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4/17 (thinkstock)
Líderes que tem um "coração de pedra" tendem a perder serenidade, agilidade e ousadia, defende Hamel. Substituir a sensibilidade humana por pura formalidade também é perigoso quando se lida com um grupo. Como afirmou o papa, um líder precisa de desprendimento e generosidade.
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5. Planejamento sem limite
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5/17 (Stock.Xchange)
Quando um gestor planeja tudo até o último detalhe por medo do imprevisível, o processo criativo perde a espontaneidade. Organização é importante, desde que haja espaço para a intuição e o improviso, diz Hamel.
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6. Falta de coordenação
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6/17 (Robson Talaveiras/ stock.xchng)
Se um líder perde o senso de comunidade e o objetivo de integrar seu grupo, o sistema todo perde seu equilíbrio. Segundo o especialista, o grupo que não é regido com "camaradagem" e trabalho em equipe vira "uma orquestra que produz ruído", comprometendo resultados.
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7. "Alzheimer" da liderança
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7/17 (thinkstock)
Acontece quando um líder se esquece da gratidão que deve àqueles que sempre o apoiaram ou trouxeram inspiração. Tal reconhecimento não deve perder lugar para "caprichos" e "obsessões", considera Hamel.
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8. Rivalidade
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8/17 (thinkstock)
Segundo o especialista, o título de líder não serve para contar vantagem sobre os outros. O dever fundamental do líder seria justamente o oposto: atentar-se para os interesses e anseios de sua equipe.
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9. "Esquizofrenia existencial"
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9/17 (thinkstock)
É a doença de quem vive uma vida dupla e marcada pela hipocrisia. Segundo Hamel, acontece quando o gestor se isola de clientes e funcionários e se dedica apenas a questões burocráticas, perdendo contato com a realidade.
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10. Fofoca
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10/17 (Stock Exchange)
O artigo descreve a fofoca como uma "grave doença" que começa às vezes em uma conversa simples, mas pode sujar o nome de um colega e contaminar a harmonia que existe numa equipe.
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11. "Puxa saquismo"
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11/17 (Divulgação)
É a patologia que atinge aqueles que cortejam seus superiores com o interesse de ganhar uma promoção. Para isso, ressalta Hamel, deixam de lado os objetivos da equipe como um todo. Líderes são afetados por esta doença quando incentivam e tiram proveito da cumplicidade de seus subordinados.
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12. Indiferença
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12/17 (thinkstock)
Acontece quando o profissional mais experiente não compartilha seu conhecimento com aqueles que estão começando. Por "ciúmes ou engano", a pessoa guarda para si o aprendizado que poderia ser útil para o desenvolvimento da equipe.
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13. Excesso de severidade
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13/17 (Thinkstock)
Ocorre com o gestor que acredita que, para ser sério e respeitado, é preciso ser austero. Na verdade, ressalta Hamel, o excesso de severidade é um sintoma de medo e insegurança. Sempre que possível, o líder deve se esforçar para ser cortês, bem humorado e transmitir entusiasmo.
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14. Acumulação compulsiva
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14/17 (Freeimages.com)
É o caso de quando o líder tenta acumular bens materiais, não por necessidade, mas para se sentir seguro. Segundo palavras do papa destacadas por Hamel, nenhuma riqueza pode preencher o “vazio de um coração”.
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15. Círculos fechados
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15/17 (thinkstock)
Acontece quando a vontade de pertencer a um grupo "seleto" da liderança se torna maior do que a identidade de uma equipe. Também começa com boas intenções, mas pode acabar fragmentando uma organização.
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16. Extravagância
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16/17 (Divulgação)
Ocorre com pessoas que tentam acumular poder a qualquer custo e fazem de tudo para mostrar que são mais capazes que os outros. Tal comportamento é danoso, argumenta Hamel, porque leva as pessoas a justificar o uso de quaisquer meios para atingir seu objetivo.
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17. Leia agora sobre as profissões mais felizes nos Estados Unidos
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17/17 (Getty Images)