Mundo

Cuba quer assinar acordos com EUA antes da saída de Obama

País anunciou que quer assinar pelo menos metade dos acordos antes da posse de Trump, que já ameaçou interromper a aproximação diplomática

Cuba e EUA: autoridades concordaram em aumentar o número de encontros para fechar acordos ainda no mandato de Obama (Foto/Getty Images)

Cuba e EUA: autoridades concordaram em aumentar o número de encontros para fechar acordos ainda no mandato de Obama (Foto/Getty Images)

R

Reuters

Publicado em 8 de dezembro de 2016 às 08h13.

Havana - O governo de Cuba informou na quarta-feira que espera assinar ao menos metade de uma dúzia de acordos com os Estados Unidos antes da posse do presidente eleito dos EUA, Donald Trump, que ameaçou fazer descarrilar a reaproximação entre os ex-rivais da Guerra Fria, em 20 de janeiro.

Autoridades cubanas e norte-americanas realizaram conversas em Havana para discutir o que mais poderia ser concluído durante as últimas semanas de governo do presidente Barack Obama, e concordaram em organizar mais visitas de alto escalão e encontros técnicos.

Segundo analistas, quanto mais Cuba e os Estados Unidos fortalecerem agora, mais irreversível a reaproximação irá se tornar.

"No momento estamos negociando mais 12 (acordos) com objetivo de conseguirmos concluir e assinar a maioria deles", disse a diretora de assuntos norte-americanos no Ministério das Relações Exteriores de Cuba, Josefina Vidal, durante entrevista coletiva.

Os acordos seriam de áreas como sismologia e meteorologia, disse a diplomata, acrescentando que Cuba e os EUA já assinaram uma dúzia de acordos em dois anos desde que concordaram em normalizar relações, terminando décadas de hostilidade.

Os dois países também abriram embaixadas, restauraram voos comerciais e abriram opções de viagens.

Mas algumas pessoas temem que tudo isso possa estar em risco, à medida que o republicano Trump disse que irá reverter a abertura a não ser que Cuba ofereça aos EUA o que chamou de um "acordo melhor".

Josefina Vidal se negou a comentar sobre o discurso de Trump, mas disse esperar que sua administração reconheça que a reaproximação possui apoio da maioria dos cubanos e norte-americanos.

Acompanhe tudo sobre:Barack ObamaCubaDiplomaciaEstados Unidos (EUA)

Mais de Mundo

Trump escolhe bilionário Scott Bessent para secretário do Tesouro

Partiu, Europa: qual é o país mais barato para visitar no continente

Sem escala 6x1: os países onde as pessoas trabalham apenas 4 dias por semana

Juiz adia indefinidamente sentença de Trump por condenação em caso de suborno de ex-atriz pornô