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Cuba liberta Damas de Branco presas no domingo

Integrantes das Damas de Branco foram alvo de detenções temporárias que começaram no sábado quando o grupo tentou fazer uma manifestação pacífica

Estas detenções aconteceram a uma semana da visita que o papa Bento XVI fará na ilha (Adalberto Roque/AFP)

Estas detenções aconteceram a uma semana da visita que o papa Bento XVI fará na ilha (Adalberto Roque/AFP)

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Da Redação

Publicado em 19 de março de 2012 às 21h41.

Havana - As autoridades cubanas libertaram na noite de domingo as mais de 70 integrantes das Damas de Branco que foram detidas horas antes, entre elas sua porta-voz, Berta Soler, informaram à Agência Efe fontes deste grupo dissidente.

Dezenas de integrantes das Damas de Branco foram alvo ao longo do fim de semana de detenções temporárias que começaram no sábado quando o grupo tentou fazer uma manifestação pacífica para lembrar o nono aniversário da onda de repressão contra 75 opositores condenados durante a 'Primavera Negra' de 2003.

Também no domingo aconteceram detenções quando grupos de damas chegaram na igreja de Santa Rita, como fazem todos os domingos, para participar da missa e depois realizar uma caminhada pela rua em defesa dos direitos humanos e da liberdade dos presos políticos.

Estas detenções aconteceram a uma semana da visita que o papa Bento XVI fará na ilha.

Laura Labrada, uma das porta-vozes e filha da falecida líder dos grupos de damas Laura Pollán, explicou à Agência Efe que durante as detenções as autoridades insistiram que o grupo 'já não tem razão para existir porque todos os 75 (presos da 'Primavera Negra') estão livres'.

As Damas de Branco insistiram em denunciar nas últimas semanas 'um agravamento' da repressão contra a dissidência interna e especialmente contra elas.

Em particular, elas denunciaram ações de agressão, detenções temporárias, maus-tratos, atos de repúdio, advertências e ameaças da Polícia política em Havana, e também em outras províncias como Pinar del Río, na cidade central de Santa Clara e nas orientais Holguín e Santiago de Cuba.

O grupo de mulheres, que defende a libertação de presos políticos e o respeito aos direitos humanos na ilha, disse que pediu ao papa Bento XVI que lhes conceda 'um minuto' durante a visita que o Pontífice realizará entre 26 e 28 deste mês na ilha. 

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