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Cuba: embargo está intacto e deixa prejuízo de US$ 751 bi

Chanceler da ilha enalteceu flexibilização aprovada pelos EUA, mas afirmou terem alcance limitado

A capital de Cuba, Havana: chanceler afirma que embargo a setor financeiro piorou (Wikimedia Commons)

A capital de Cuba, Havana: chanceler afirma que embargo a setor financeiro piorou (Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 24 de março de 2011 às 09h48.

Quito - Os Estados Unidos seguem aplicando com "todo o rigor" o embargo econômico sobre Cuba, que em meio século acumula perdas de cerca de 751 bilhões de dólares, garantiu nesta segunda-feira em Quito o chanceler cubano, Bruno Rodríguez.

"Os prejuízos do bloqueio à Cuba acumulados nestas décadas superam os 751 bilhões de dólares, são colossais", disse Rodríguez em uma coletiva de imprensa junto ao chanceler equatoriano, Ricardo Patiño.

O ministro reiterou que as medidas publicadas pela Casa Branca no dia 14 de janeiro, sobre flexibilização de viagens e remessas de dinheiro em direção à ilha, "são positivas, mas de alcance extremamente limitado", e mantêm o embargo intacto.

"O bloqueio aplica-se até este minuto com todo o seu rigor, inclusive foi intensificado no último período, em particular no setor das transações financeiras", disse o chanceler.

"Os porta-vozes americanos se encarregaram de esclarecer que o bloqueio segue em completa aplicação e absoluto rigor, que as medidas não têm nenhuma relação com o relaxamento de nenhum aspecto do bloqueio", acrescentou.

Rodríguez lembrou que a decisão de Washington limita-se a restabelecer disposições em vigor sob o governo do presidente democrata Bill Clinton (1993-2001) e que foram eliminadas em 2003 pela administração de George W. Bush (2001-2009).

"Em geral são mais do mesmo, se restringem a restabelecer algumas medidas que o presidente Clinton havia aplicado antes e que o presidente Bush havia eliminado. No fundamental, no há nenhum assunto novo", disse.

Os Estados Unidos autorizaram aos seus cidadãos viajar à ilha com mais facilidades por motivo religioso, acadêmico, cultural ou esportivo; a enviar remessas de um máximo de 500 dólares por trimestre - para apoiar atividades econômicas privadas -, e a operação de voos fretados em direção à Cuba de mais aeroportos.

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