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Cuba considera “muito danoso” efeito de voltar a lista de países que patrocinam terrorismo

Donald Trump revogou decreto de Joe Biden do dia 14 de janeiro, quando o democrata retirou a ilha caribenha do grupo

EFE
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Agência de Notícias

Publicado em 21 de janeiro de 2025 às 20h36.

Última atualização em 21 de janeiro de 2025 às 20h40.

O governo de Cuba voltou a criticar nesta terça-feira, 21, a decisão dos Estados Unidos de reinseri-la na lista de países que patrocinam o terrorismo e reconheceu que a decisão terá um efeito “muito danoso” sobre sua economia, já sobrecarregada por uma grave crise econômica e energética.

O Ministério das Relações Exteriores declarou em comunicado que a medida do novo presidente dos EUA, Donald Trump, que assumiu o cargo ontem, “não é uma surpresa” e que ele “interpretou sua chegada ao poder como a coroação de um imperador”.

Nas primeiras horas após sua posse, Trump revogou um decreto de 14 de janeiro com a qual o ex-presidente Joe Biden retirou Cuba da lista dos EUA de países que promovem o terrorismo.

Biden, que deixou o cargo após quatro anos de mandato, assinou a ordem executiva menos de uma semana antes do fim de seu mandato.

Ele tomou essa decisão para conseguir a libertação de vários prisioneiros cubanos como parte de um processo mediado pelo Vaticano. No mesmo dia, Cuba anunciou que libertaria 553 pessoas.

“Esse novo ato de agressão do governo dos EUA contra o povo cubano mostra, mais uma vez, o objetivo verdadeiro, cruel e impiedoso dessas e de tantas outras medidas de cerco e sufocamento, que são aplicadas contra Cuba com o propósito de dominação”, acrescentou o Ministério das Relações Exteriores cubano.

Cuba foi incluída na lista de países patrocinadores do terrorismo em janeiro de 2021, em uma das últimas decisões de Trump antes do final de seu primeiro mandato. Seu antecessor na Casa Branca, Barack Obama, havia retirado o país da lista depois de mais de três décadas.

A designação provoca a proibição da venda de armas ao país, maior controle sobre suas exportações, restrições à ajuda externa, maior exigência de vistos e um congelamento de fato de grande parte das transações financeiras internacionais de Cuba.

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