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Cuba condena 17 pessoas em caso de corrupção

Caso reuniu acusações de suborno, falsificação de documentos bancários, fraude, evasão de divisas e evasão fiscal em torno do Grupo Tokmakjian


	Corrupção: caso provocou um forte ceticismo entre diplomatas, que consideram as provas fracas
 (Getty Images/Getty Images)

Corrupção: caso provocou um forte ceticismo entre diplomatas, que consideram as provas fracas (Getty Images/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 29 de setembro de 2014 às 10h41.

Havana - Quatorze cubanos, entre eles funcionários do alto escalão, foram condenados a penas entre 6 e 20 anos de prisão em uma caso de corrupção no qual também foram sentenciados três executivos de uma empresa canadense, disse a companhia no domingo.

O caso provocou por um forte ceticismo entre diplomatas, que consideram as provas fracas e dizem que a condenação ameaça alienar investidores estrangeiros em um momento em que Cuba está buscando ativamente parceiros comerciais no exterior.

Além disso, pode prejudicar a relação entre Cuba e Canadá. Todos os 17 suspeitos foram condenados em um caso que reuniu acusações de suborno, falsificação de documentos bancários, fraude, evasão de divisas e evasão fiscal em torno do Grupo Tokmakjian.

A companhia, com sede em Concord (Ontário), fazia negócios em Cuba havia mais de 20 anos, principalmente vendendo equipamentos de transporte, mineração e construção, com receitas anuais em torno de 80 milhões de dólares.

A condenação de Cy Tokmakjian, fundador do Grupo Tokmakjian, e de outros dois executivos foi anunciada no sábado. Tokmakjian, de 74 anos, foi sentenciado a 15 anos de prisão, dos quais já cumpriu três desde sua prisão.

A companhia canadense classificou o processo como “farsa de julgamento” e “paródia de justiça”. Cuba confiscou, ainda, cerca de 100 milhões de dólares em ativos da companhia.

Os executivos Claudio Vetere e Marco Puche foram sentenciados a 12 e 8 anos de prisão cada um, disse Lee Hacker, porta-voz e executivo financeiro da empresa.

Hacker também informou as condenações recebidas por suspeitos cubanos, entre eles Nelson Labrada, ex-vice-ministro do extinto Ministério do Açúcar, sentenciado a 20 anos de prisão.

Ernesto Gómez, antigo diretor de uma companhia estatal produtora de níquel, a Ferroníquel Minera, foi condenado a 12 anos de cadeia.

Os executivos da companhia canadense e os cubanos condenados foram incluídos em uma investigação do setor comercial internacional de Cuba, em meio a uma ofensiva contra a corrupção empreendida pelo presidente Raúl Castro.

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