Acordo cobre 51 milhões de doses de uma vacina que está sendo desenvolvida pela Universidade de Queensland (Airphoto Australia/Getty Images)
Estadão Conteúdo
Publicado em 7 de setembro de 2020 às 14h29.
A CLS Limitada, maior farmacêutica da Austrália, disse que assinou acordos iniciais para fornecer vacinas contra o novo coronavírus, se eles concluírem com sucesso os ensaios clínicos.
A CSL disse que um acordo com o governo australiano cobre 51 milhões de doses de uma vacina que está sendo desenvolvida pela Universidade de Queensland. O fornecimento poderia começar em meados do ano que vem, de acordo com a empresa.
A produção da vacina para apoiar os testes clínicos em estágio final está em andamento nas instalações de fabricação de biotecnologia da CLS em Broadmeadows, um subúrbio de Melbourne.
A CLS disse que os resultados dos ensaios pré-clínicos e de estudos clínicos iniciais para a vacina, conhecida como UQ-CSL V451, são promissores. A Universidade de Queensland atualmente realiza um estudo clínico de Fase 1 para avaliar a segurança e imunogenicidade da candidata a vacina em voluntários saudáveis.
"Caso os estudos da Fase 1 sejam bem-sucedidos até o fim deste ano, a CSL vai assumir toda a responsabilidade pelos testes clínicos subsequentes da Fase 2b/3, cujo início é esperado no fim de 2020", disse a CSL.
A CSL acrescentou que tem um acordo separado com a AstraZeneca para produzir cerca de 30 milhões de doses da candidata a vacina AZD1222, que é desenvolvida pela Universidade de Oxford, com as primeiras doses programadas para lançamento no início do ano que vem caso haja sucesso nos testes clínicos.
O governo australiano vai oferecer recursos para financiar a capacidade da CSL de produzir a AZD1222, de acordo com a empresa.
"Estamos satisfeitos por podermos produzir a AZD1222 sem comprometer a produção dos nossos principais produtos e fornecer uma segunda opção para uma candidata a vacina contra covid-19 na Austrália", disse o CEO da CSL Paul Perreault.