Reunião do Conselho de Segurança: CS da ONU conseguiu na sexta passada pôr fim a dois anos e meio de paralisias do principal órgão de decisão das Nações Unidas (Mario Tama/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 30 de setembro de 2013 às 19h59.
Nações Unidas - O Conselho de Segurança da ONU espera aprovar ainda nesta semana uma declaração sobre a "grave crise humanitária" na Síria, aproveitando o impulso gerado após a resolução adotada na sexta-feira passada.
"Espero que possamos votá-la nesta quarta-feira, o mais tardar na quinta-feira", disse à imprensa o presidente rotativo do Conselho, o embaixador australiano, Gary Quinlan, em sua última entrevista coletiva antes de entregar a presidência ao Azerbaijão.
Quinlan destacou que a Austrália e Luxemburgo estão há várias semanas trabalhando na minuta de um texto, que foi concebido como resolução, mas finalmente será uma declaração presidencial, um formato de menor categoria.
"Há um sentimento de urgência entre todos os membros do Conselho de que é preciso unidade para pronunciar-se sobre a situação humanitária na Síria", disse o embaixador australiano, que reconheceu que aprovar uma resolução "leva mais tempo".
Quinlan detalhou à imprensa que o principal órgão de decisão das Nações Unidas acaba de ter uma rodada de consultas sobre a crise humanitária nesse país "e minha impressão é que vamos pelo bom caminho".
"Necessitamos dar uma amostra de unidade o mais rápido possível e não queremos perder o impulso gerado nesta sexta-feira com a resolução e, por isso, vamos submeter uma declaração presidencial à votação nos próximos dias", insistiu o embaixador australiano.
O Conselho de Segurança da ONU conseguiu na sexta-feira passada pôr fim a dois anos e meio de paralisias do principal órgão de decisão das Nações Unidas e aprovou sua primeira resolução sobre a Síria na qual condena o uso de armas químicas nesse país.
Além disso, o texto negociado pelos Estados Unidos e pela Rússia lança uma advertência ao regime de Bashar al Assad ao assegurar que haverá "consequências" se não cooperar com o processo de verificação de seu arsenal químico para seu posterior desmantelamento.