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Cruz Vermelha pede acesso a todas as zonas sitiadas da Síria

O movimento da Cruz Vermelha e o Crescente Vermelho fizeram um apelo às partes em conflito na Síria para obter acesso às áreas sitiadas


	Bandeira síria em hotel de Damasco: organizações pediram acesso "rápido" e "sem impedimentos" da ajuda
 (Louai Beshara/AFP)

Bandeira síria em hotel de Damasco: organizações pediram acesso "rápido" e "sem impedimentos" da ajuda (Louai Beshara/AFP)

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Da Redação

Publicado em 10 de fevereiro de 2014 às 12h26.

Genebra - O movimento da Cruz Vermelha e o Crescente Vermelho fizeram nesta segunda-feira um apelo às partes em conflito na Síria para obter acesso às áreas sitiadas e pediram que se respeite o trabalho dos funcionários humanitários no país para levar alimentos e remédios às pessoas que o necessitam.

As organizações pediram acesso "rápido" e "sem impedimentos" da ajuda, especialmente de atendimento médico para feridos e doentes, em comunicado conjunto assinado pelo Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV), a Federação Internacional de Sociedades da Cruz Vermelha e o Crescente Vermelho, assim como o Crescente Vermelho da Síria.

"Os civis não deveriam ser forçados a abandonar suas casas para obter acesso a alimentos e a outros artigos de primeira necessidade", afirmam no comunicado.

"Sob as leis internacionais humanitárias, todas as partes em conflito devem permitir aos civis em áreas afetadas pelos combates irem para zonas mais seguras se quiserem", lembrou o chefe de operações do CICV no Oriente Médio, Robert Mardini.

No sábado, o Crescente Vermelho da Síria conseguiu chegar ao centro antigo de Homs, sitiado durante meses, com um comboio de ajuda humanitária acompanhado por veículos das Nações Unidas, mas foi atacado com tiros e morteiros quando entrava na região, e um dos motoristas ficou ferido.

De acordo com membros do comboio, os veículos estavam claramente sinalizados com o logotipo do Crescente Vermelho.

"Estamos profundamente preocupados porque as partes em conflito não estão respeitando esses emblemas, o que representa uma ameaça constante às vidas de nosso pessoal médico e humanitário, incluindo voluntários", assinalam.

As equipes humanitárias denunciam que quando os símbolos não são respeitados em tendas, edifícios, veículos e uniformes, atravessar fronteiras para salvar vidas é uma tarefa "impossível".

"Dadas as condições extremamente difíceis que prevalecem na Síria, especialmente em cidades como Homs é absolutamente vital que todas as partes facilitem o trabalho do pessoal médico e humanitário", disse o presidente do Crescente Vermelho da Síria, Abdul Rahman al-Attar.

Apesar do ataque de sábado, a organização conseguiu distribuir em Homs 250 cestas de comida, 190 kits de higiene e remédios para doenças crônicas; além de retirar cerca de 600 civis.

Nos últimos dias, também conseguiram acesso ao bairro de Barzeh, em Damasco, com 47 caminhões carregados de ajuda de emergência; e no campo de refugiados palestinos de Yarmouk.

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