Moscou - A Cruz Vermelha advertiu nesta segunda-feira que segue à espera do governo de Kiev e dos separatistas pró-russos darem as garantias de segurança para assumir o transporte, a gestão e repartição da ajuda humanitária russa para a população que vive em zonas de conflito armado no leste da Ucrânia.
"Esperamos garantias de segurança de todas as partes. Neste momento, seguimos sem ter plenas garantias" neste sentido, disse à agência russa "Interfax" a porta-voz do escritório da Cruz Vermelha para a Rússia, Bielorrússia e Moldávia, Victoria Zotikova.
O chefe da Cruz Vermelha na Europa e Ásia Central, Loran Korba, chega amanhã a Moscou com o objetivo de agilizar o envio da ajuda a seu destino final, que será seguramente a cidade de Lugansk, sitiada pelas forças ucranianas e à beira uma catástrofe humanitária.
Os primeiros 16 caminhões russos do comboio humanitário, formado por 262 veículos, permanecem na passagem fronteiriça russa "Donetsk", onde chegaram ontem após ser inspecionados pelo pessoal do Comitê Internacional da Cruz Vermelha.
A Guarda Fronteiriça e o Serviço de Alfândegas ucranianos seguem sem iniciar a revista da carga russa à espera de que o façam, presumivelmente entre hoje e amanhã, especialistas da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa.
"Após a revista, a carga será entregue a representantes oficiais da Cruz Vermelha para sua segurança" até seu destino, apontou o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional e Defesa, Andrei Lisenko.
Por sua vez, em um interminável e confuso fluxo de declarações, o chefe do Serviço de Alfândegas ucraniano, Anatoli Makarenko, escreveu em seu Facebook que o pessoal alfandegário espera a chegada de "representantes oficiais da Cruz Vermelha para iniciar (...) a inspeção e identificação" da carga russa.
Makarenko esclareceu, no entanto, que "por consenso com a Cruz Vermelha, a carga entrará na passagem fronteiriça "Donetsk" por até 30 veículos, para depois será entregue unicamente aos representantes oficiais" da organização internacional.
Em qualquer caso, não há data para a entrada na Ucrânia do comboio russo, formado por 262 caminhões com 1,9 mil toneladas de alimentos, remédios, sacos de dormir e geradores elétricos a bordo.
Os caminhões, em cada um dos quais deverá ir pelo menos um membro da Cruz Vermelha, por exigência expressa de Kiev, cruzarão a passagem fronteiriça ucraniana "Izvarino", em mãos dos separatistas pró-Rússia da mesma forma que boa parte de toda a rota que separa a fronteira do destino final da carga.
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1. Velas e armas
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1/13 (Graham Denholm / Getty Images)
São Paulo – Na quinta-feira, o voo MH17 da Malaysian Airlines, que ia de Amsterdã para Kuala Lumpur, foi derrubado enquanto sobrevoava o céu do leste da Ucrânia. Desde então, o governo central ucraniano e a Rússia trocam acusações sobre quem foi responsável pelo míssil que atingiu o avião. Veja, a seguir, as fotos do desenrolar do conflito desde a queda do avião até este domingo.
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2. Pelo chão
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2/13 (Getty Images)
As bagagens e pertences pessoais das vítimas que estavam a bordo do Malaysia Airlines voo MH17 estão espalhadas por Grabovo, na Ucrânia. Segundo relatos de correspondentes internacionais, os destroços do avião estão espalhados a até 15 km do ponto central onde está a maior parte da fuselagem.
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3. Memória saqueada
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3/13 (Maxim Zmeyev/Reuters)
Dinheiro, joias, objetos pessoais e até cartões de créditos das 298 vítimas do voo MH17 da Malaysia Airlines, abatido por um míssil na Ucrânia, na sexta-feira, estão sendo saqueados. Militantes separatistas admitem que removeram objetos, além das caixas-pretas, do local do acidente.
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4. Sem destino
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4/13 (Brendan Hoffman / Getty Images)
Hoje, um vagão de trem refrigerado com parte dos corpos dos passageiros de Malaysia Airlines vôo MH17 aguarda na estação de trem para o transporte ruma a um destino ainda desconhecido. O vôo MH17 da Malaysia Airlines viajava de Amsterdã para Kuala Lumpur quando caiu matando todos os 298 a bordo, incluindo 80 crianças.
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5. Caixa-preta
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5/13 (Getty Images)
O governo da Ucrânia disse neste domingo que interceptou conversas telefônicas entre os rebeldes pró-russos e os militares russos. Os
rebeldes admitiram hoje podem estar com a caixa-preta e prometeram entregar caixas pretas do voo malaio à Organização da Aviação Civil Internacional.
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6. Represália Europeia
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6/13 (Maxim Zmeyev/Reuters)
De
acordo com o WSJ, os líderes europeus ameaçaram impor sanções mais duras contra a Rússia, em decorrência da queda do voo MH17, sem deixar ainda claro o que pode acontecer em represália. Os chanceleres da União Europeia se reunirão em Bruxelas nesta terça-feira para decidir o que fazer, mas há uma grande chance que ativos na Europa construídos por empresários russos, bem como as de empresas originárias do país, possam ser congelados.
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7. Maioria holandesa
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7/13 (Graham Denholm / Getty Images)
A maioria das 298 pessoas a bordo do voo MH 17 era de nacionalidade holandesa. Entre as vítimas havia 154 passageiros holandeses, 27 australianos, 23 malaios, onze indonésios, seis britânicos, quatro alemães, quatro belgas, três filipinos e um canadense no voo. "As famílias querem enterrar seus parentes", declarou ministro do Exterior holandês, Frans Timmermans. Um grupo de 15 especialistas holandeses foi enviado ao local da tragédia para identificar os corpos.
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8. Domingo de homenagem
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8/13 (Christopher Furlong / Getty Images)
Velas em memória das vítimas foram acesas durante uma missa especial na Igreja de Saint Vitus em Hilversum, Holanda, nesta manhã. Três famílias da cidade morreram no acidente. Por todo o país o domingo foi marcado por homenagens às vitimas da tragédia, lembradas em cultos, eventos esportivos e oficiais e no aeroporto Schiphol de Amsterdã, de onde o avião partiu na última quinta-feira.
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9. Em busca da cura
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9/13 (Graham Denholm / Getty Images)
Um participante da 20ª Conferência Internacional de AIDS que acontece hoje em Melbourne, Austrália, amarra uma fita vermelha em homenagem daqueles que perderam suas vidas no voo MH17. Pelo menos seis enviados estavam no avião rumo ao encontro dos maiores especialistas em busca da cura para a doença.
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10. EUA diz que sabe
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10/13 (gett)
Os
Estados Unidos detectaram o lançamento de um míssil antiaéreo e observou sua trajetória na quinta-feira passada, quando o avião da Malaysia Airlines caiu, supostamente atingido, no leste da Ucrânia, afirmou neste domingo o secretário de Estado, John Kerry. O presidente Barack Obama já hava dito que tudo apontava para que o avião tivesse atingido por rebeldes pró-russos. 'Sabemos, com certeza, que durante o último mês houve um fluxo de armamento, um comboio de uns 150 veículos incluídos transporte de pessoal, lança mísseis, artilharia, da Rússia para o leste da Ucrânia', disse ele.
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11. Artigo editado
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11/13 (Getty Images)
O imbróglio da Ucrânia e Russia chegou à web. Primeiro, um computador de Kiev, capital da Ucrânia,
editou o artigo em russo para "acidentes de aviação comercial" colocando a culpa da queda em "terroristas da auto-proclamada República Popular de Donetsk com mísseis de sistema Buk, que os terroristas receberam da Federação Russa". Menos de uma hora depois, alguém com um endereço de IP russo mudou o texto para "o avião foi abatido por soldados ucranianos".
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12. Duas tragédias no ano
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12/13 (Maxim Zmeyev/Reuters)
Depois de ter um avião desaparecido nos ares em março, nesta quinta-feira, o Boeing 777 da companhia Malaysia Airlines com 295 passageiros a bordo caiu na região de Donetsk, no leste da Ucrânia, sem deixar sobreviventes. A
companhia já apresentava uma operação deficitária antes disso, suportada por verbas governamentais e que degringolava cada vez mais pela imagem afetada com a tragédia. Agora deve ter de enfrentar processos movidos por pessoas de vários países.
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13. Agora, veja quais são os exércitos mais poderosos
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13/13 (Bradley Rhen / US Army / Wikimedia Commons)