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Crueldade não terminou em Auschwitz, diz papa Francisco

O papa Francisco declarou que "a crueldade não terminou em Auschwitz", para dizer que ainda há torturas, guerras e prisões superlotadas

Papa Francisco em Auschwitz: "tantos prisioneiros são torturados para que falem, é terrível. Hoje há homens e mulheres amontoados nas prisões superlotadas. Vivem como animais" (Filippo Monteforte/Pool/Reuters)

Papa Francisco em Auschwitz: "tantos prisioneiros são torturados para que falem, é terrível. Hoje há homens e mulheres amontoados nas prisões superlotadas. Vivem como animais" (Filippo Monteforte/Pool/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 29 de julho de 2016 às 18h15.

Cracóvia - O papa Francisco declarou nesta sexta-feira que "a crueldade não terminou em Auschwitz", para dizer que ainda há torturas, guerras e prisões superlotadas, segundo afirmou em discurso perante os fiéis reunidos na sacada do arcebispado onde se hospeda em Cracóvia.

Como a cada tarde ao terminar a jornada durante esta viagem à Polônia, o pontífice foi à varanda para fazer um pequeno discurso aos presentes, no qual lembrou que hoje visitou os campos de extermínio nazistas de Auschwitz-Birkenau, onde se sente a "dor e a crueldade de 70 anos atrás".

"Mas é possível que nós, os homens, sejamos capazes de fazer estas coisas? Não quero amargar, mas tenho que dizer a verdade. A crueldade não terminou em Auschwitz. Tantos prisioneiros são torturados para que falem, é terrível. Hoje há homens e mulheres amontoados nas prisões superlotadas. Vivem como animais. Hoje ainda existe esta crueldade", disse.

O líder religioso, que falava em italiano e um sacerdote polonês traduzia para os fiéis, explicou que as pessoas em Auschwitz morreram enforcadas, fuziladas ou com gás, mas que "em muitos lugares onde há guerra acontece o mesmo".

Em seguida, o pontífice convidou os fiéis a rezar "pelos homens e mulheres torturados em tantos países do mundo e pelos presos amontoados como animais".

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