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Criticada, PF evita 'pirotecnia' na Operação Alquimia

A Polícia Federal sofreu críticas do governo na Operação Voucher, que fez 36 detenções, sendo uma delas ligada ao Ministério do Turismo

Polícia fez prisões e apreensões em 18 estados na Operação Alquimia e impediu a exposição dos presos (Roberto Setton/Veja)

Polícia fez prisões e apreensões em 18 estados na Operação Alquimia e impediu a exposição dos presos (Roberto Setton/Veja)

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Da Redação

Publicado em 17 de agosto de 2011 às 20h25.

Brasília - Após as críticas do governo e da base aliada contra supostos abusos na operação Voucher, que prendeu 36 pessoas incluindo altos dirigentes do Ministério do Turismo na semana passada, a Polícia Federal (PF) adotou hoje uma série de medidas para impedir a exposição de presos e a chamada pirotecnia na operação Alquimia hoje.

Os encarregados das prisões e apreensões em 18 estados receberam instruções da Direção Geral da PF para observar à risca a súmula vinculante do Supremo Tribunal Federal (STF), que limita o uso de algemas. A orientação dada foi evitar que presos aparecessem algemados no embarque ou desembarque de aviões ou viaturas.

Apesar do tamanho da operação, que envolveu 650 policiais e contou até com o uso de helicópteros e barcos e viaturas, a operação Alquimia foi discreta. O Palácio do Planalto e o Ministério da Justiça foram notificados com uma antecedência mínima sobre a ação. Na semana passada, a presidente Dilma Rousseff reclamou com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, por não ter sido avisada sobre a operação Voucher e criticou os "abusos" praticados pelos policiais.

A PF, entretanto, argumenta que tanto hoje, quanto nas últimas operações, o procedimento dos policiais tem sido de estrito respeito à Lei. "Temos um manual de procedimentos operacionais que nos impede de divulgar nomes, imagens e situações que causem exposição indevida de pessoas presas ou investigadas", explicou o diretor-executivo do órgão, delegado Paulo de Tarso Teixeira.

Desta vez, as imagens que a PF divulgou não focam pessoas, mas cenários, como a de uma ilha paradisíaca apreendida no litoral de Salvador, além de fotos de mansões, veículos, embarcações e bens dos acusados. Com 20 mil metros quadrados, a ilha é avaliada em R$ 15 milhões. Pela quantidade de objetos de luxo encontrados na operação, o local foi apelidado pelos policiais de 'ilha do tesouro'.

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