Cristina ampliou em quase 38 pontos percentuais sua vantagem sobre o segundo colocado (Wikimedia Commons/Wikimedia Commons)
Da Redação
Publicado em 21 de outubro de 2011 às 19h51.
Buenos Aires - A presidente da Argentina, Cristina Fernández de Kirchner, venceu as eleições primárias de domingo com 50,07% dos votos, com 96,8% das mesas apuradas nesta segunda-feira.
Cristina, líder do peronista Frente para La Victoria, que decidiu renovar seu mandato nas eleições gerais de outubro, ampliou em quase 38 pontos percentuais sua vantagem sobre o segundo colocado.
Ricardo Alfonsín, filho do ex-presidente Raúl Alfonsín, da Unión para el Desarrollo Social (UDESO), uma coalizão da social-democrata Unión Cívica Radical com setores do peronismo dissidente, está na segunda posição com 12,17% dos votos, seguido de perto pelo ex-presidente Eduardo Duhalde (2002-2003), com 12,16%.
Em quarto lugar, aparece o socialista Hermes Binner, governador em fim de mandato da província de Santa Fé, com o 10,26% dos votos em todo o país.
Porta-vozes de Duhalde, candidato do peronismo dissidente que formou a aliança Frente Popular, denunciaram que o Governo demorou a divulgar os resultados dos distritos nos quais obteve menores níveis de adesão popular, principalmente na província de Buenos Aires, maior distrito eleitoral do país com 38% do censo nacional.
Implementadas por uma reforma política aprovada pelo Parlamento no final de 2009, as eleições realizadas no domingo definem as listas de candidatos que competirão no próximo dia 23 de outubro no pleito presidencial e na renovação da Câmara dos Deputados e do Senado.
Nestas primárias, nas quais 28,8 milhões de pessoas estavam em condições de votar, todas as forças políticas devem reunir 1,5% dos votos válidos para poder concorrer nas eleições gerais de outubro.
Na ocasião, também são eleitos os candidatos para as eleições locais que serão realizadas tanto na província de Buenos Aires como nas de San Luis, San Juan e Entre Ríos.
A Constituição argentina estabelece que para vencer as eleições presidenciais no primeiro turno é preciso conseguir 45% dos votos, nível inferior ao alcançado até agora por Cristina; ou pelo menos 40% dos sufrágios com 10 pontos de vantagem sobre o segundo colocado.