O momento de maior tensão entre Bergoglio e Kirchner ocorreu em julho de 2010, quando o Congresso argentino aprovou o casamento gay (Pedro Ladeira/AFP)
Da Redação
Publicado em 13 de março de 2013 às 22h02.
A presidente argentina, Cristina Kirchner, saudou nesta quarta-feira a designação de Jorge Bergoglio como Papa Francisco I, e lhe desejou um "trabalho pastoral frutífero", ressaltou, em uma carta divulgada pelo governo.
"É nosso desejo que tenha, ao assumir a condução e guia da Igreja, um frutífero trabalho pastoral desempenhando tão grandes responsabilidades em prol da justiça, da igualdade, da fraternidade e da paz da Humanidade", indicou a breve carta de Kirchner, de religião católica, mas mantém uma fria relação com o cardeal primado de Argentina.
O momento de maior tensão entre Bergoglio e Kirchner ocorreu em julho de 2010, quando o Congresso argentino aprovou o casamento gay, tornando a Argentina o primeiro país latino-americano a mudar suas leis nesse tema.
Dois anos depois, Bergoglio, arcebispo de Buenos Aires, também questionou a aprovação da lei de identidade de gênero que autoriza travestis e transexuais a registrar dados como o sexo escolhido, iniciativa também apoiada pelo governo.
O catolicismo é a religião majoritária da Argentina, seguida por cerca de 75% da população, segundo a instituição religiosa.