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Cristina Kirchner reitera exigência de soberania das Malvinas

A chefe de Estado insistiu que continuará brigando para que o Reino Unido "cumpra as resoluções das Nações Unidas"

"Parece uma piada que o Reino Unido ponha em dúvida nossa vontade pacífica quando, diante de cada conflito que ocorre no mundo, eles o líder com bombardeios", destacou Cristina (Juan Mabromata/AFP)

"Parece uma piada que o Reino Unido ponha em dúvida nossa vontade pacífica quando, diante de cada conflito que ocorre no mundo, eles o líder com bombardeios", destacou Cristina (Juan Mabromata/AFP)

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Da Redação

Publicado em 21 de outubro de 2011 às 19h57.

Buenos Aires - A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, renovou neste sábado sua exigência para que o Reino Unido negocie a soberania das ilhas Malvinas, no aniversário de 29 anos do início da guerra que os dois países travaram no Atlântico Sul.

Ao liderar na cidade meridional de Río Gallegos o principal ato de homenagem às vítimas e sobreviventes do conflito, Cristina Kirchner reivindicou a soberania argentina sobre as ilhas e afirmou que o colonialismo "ainda envergonha a humanidade no século XXI".

"Esta presidente continuará batalhando para que se reconheça a soberania de nosso país nas Malvinas. Eu sei que vamos recuperar o que é nosso pelas mãos dos irmãos latino-americanos", considerou a líder em discurso transmitido em cadeia nacional.

A chefe do Estado insistiu que continuará brigando para que o Reino Unido "cumpra as resoluções das Nações Unidas" e comece a negociar a soberania do arquipélago, situado a 400 milhas marítimas do litoral argentinas, invadido e ocupado pelos britânicos em 1833.

"Parece uma piada que o Reino Unido ponha em dúvida nossa vontade pacífica quando, diante de cada conflito que ocorre no mundo, eles o líder com bombardeios", destacou Cristina, que lembrou que a Argentina "só participa de missões de paz e é porta-bandeira em matéria de não-proliferação nuclear".

Em seu discurso, ela anunciou que ordenará que, em todos os atos escolares de lembrança da guerra, seja lida uma carta enviada à diretora de uma escola por um soldado que ali trabalhava como professor e que pelo menos uma sala de aula de cada instituição de ensino do país leve o nome de uma vítima nas Malvinas.

Os atos em comemoração dos 29 anos da Guerra das Malvinas se reproduziram neste sábado em todo o país, com vigílias de ex-combatentes e mostras artísticas e musicais, entre outras atividades.

Na guerra de 74 dias travada em 1982, que terminou com a derrota do país sul-americano, morreram 255 britânicos, três moradores do arquipélago e 649 argentinos.

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