Mundo

Cristina Kirchner e seu gabinete abrem mão de subsídios do Estado

Eles foram os primeiros a se inscreverem no registro voluntário de usuários dispostos a renunciar aos subsídios do Estado para o pagamento dos serviços de luz, água e gás

No último dia 16 de novembro, o governo argentino anunciou a retirada dos subsídios aos consumos de serviços públicos em setores residenciais de altas receitas e antecipou que para o resto dos casos abriria um registro voluntário de renúncia (Chris McGrath/Getty Images)

No último dia 16 de novembro, o governo argentino anunciou a retirada dos subsídios aos consumos de serviços públicos em setores residenciais de altas receitas e antecipou que para o resto dos casos abriria um registro voluntário de renúncia (Chris McGrath/Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 23 de novembro de 2011 às 18h09.

Buenos Aires - A presidente da Argentina, Cristina Fernández de Kirchner, e seu gabinete de ministros foram os primeiros a se inscreverem no registro voluntário de usuários dispostos a renunciar aos subsídios do Estado para o pagamento dos serviços de luz, água e gás.

No registro aberto hoje se inscreveram por enquanto 2,5 mil pessoas, entre as quais estão todos os ministros e secretários da Presidência, disse em entrevista coletiva o chefe de Gabinete, Aníbal Fernández.

"Entendemos que este subsídio não deve nos beneficiar pois temos receitas suficientemente grandes para não ter de receber ajuda por parte do Estado", destacou Fernández.

O chefe de Gabinete afirmou que este não é uma atitude para buscar "aplausos", mas um "gesto de eqüidade, que põe as coisas em seu lugar".

Fernández garantiu também que legisladores e juízes se mostraram interessados em aderir ao registro. Na relação já aparecem também políticos da oposição, como o deputado Francisco de Narváez, e a apresentadora de televisão Susana Giménez.

No último dia 16 de novembro, o governo argentino anunciou a retirada dos subsídios aos consumos de serviços públicos em setores residenciais de altas receitas e antecipou que para o resto dos casos abriria um registro voluntário de renúncia.

Além disso, anunciou que nos próximos meses as faturas de gás e eletricidade chegarão a todos os consumidores acompanhadas de um formulário de declaração jurada para que cada usuário expresse se precisa ou não continuar recebendo subsídios.

Na prática, a medida causará fortes aumentos nos pagamentos que os usuários de classe média devem realizar mensalmente pelo consumo dos serviços públicos e um corte nas milionárias despesas do Estado.

Acompanhe tudo sobre:PolíticosAmérica LatinaArgentinaCristina KirchnerSubsídios

Mais de Mundo

Primeiro-ministro do Japão sinaliza possível reconhecimento do Estado palestino em discurso na ONU

Após discursar na ONU, Lula participa de evento em defesa da democracia em Nova York

China renuncia ao tratamento especial nas negociações da OMC

Supertufão Ragasa atinge o sul da China e deixa mortos em Taiwan e Hong Kong